Mundo
Netanyahu ‘rejeita com desgosto’ ordem de prisão solicitada ao TPI
Primeiro-ministro de Israel acusou ainda o TPI de antissemitismo
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, nesta segunda-feira 20, que “rejeita com desgosto” a ordem de prisão solicitada contra ele por um procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), simultaneamente a outras demandadas contra autoridades do movimento islamista palestino Hamas.
“Como primeiro-ministro de Israel, rejeito com desgosto a comparação feita pelo procurador de Haia entre Israel”, um país “democrático”, e “os assassinos em massa do Hamas”, disse o premiê israelense em um comunicado.
“Como se atreve a comparar os monstros do Hamas com os soldados de Tsahal [o Exército israelense], o mais moral do mundo?”, disse, opinando que se trata de uma “completa distorção da realidade”.
“É exatamente assim que se parece o novo antissemitismo: ele passou dos campi do Ocidente para a Corte em Haia. Que vergonha!”, afirmou o dirigente israelense.
Nesta segunda-feira, o procurador do TPI Karim Khan declarou que havia solicitado mandados de prisão contra Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por supostos crimes como “matar deliberadamente de fome civis”, “homicídio intencionado” e “extermínio”.
Também pediu ordens de captura contra o chefe do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar; o chefe do movimento palestino, Ismail Haniyeh, e contra Mohammed Deif, chefe das brigadas Ezzedine al Qassam, braço armado do Hamas, por supostos crimes contra a humanidade como “extermínio”, “assassinato, estupro e outras formas de violência sexual”, além de tortura e outros atos desumanos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.