Mundo

‘Não há motivo para preocupação’, diz presidenta do México após vitória de Trump

“O México sempre sai na frente, somos um país independente, livre e soberano, haverá boas relações com os Estados Unidos, estou convencida disso”, destacou a líder mexicana

‘Não há motivo para preocupação’, diz presidenta do México após vitória de Trump
‘Não há motivo para preocupação’, diz presidenta do México após vitória de Trump
Claudia Sheinbaum concedeu primeira entrevista coletiva como presidenta do México nesta quarta-feira Foto: Alfredo Estrella / AFP
Apoie Siga-nos no

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, garantiu nesta quarta-feira (6) que “não há motivo para preocupação” após a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que prometeu impor tarifas sobre as importações.

“O México sempre sai na frente, somos um país independente, livre e soberano, haverá boas relações com os Estados Unidos, estou convencida disso”, disse ela.

A esquerdista começou sua coletiva de imprensa matinal com essa mensagem de calma devido aos fortes laços com o vizinho do norte, o principal parceiro comercial do México.

“Assim que a vitória se tornar oficial, estabeleceremos comunicação e teremos boas relações”, acrescentou a presidente.

Durante a campanha, Trump fez do fluxo migratório e do tráfico de drogas do México para os Estados Unidos uma questão fundamental em seu discurso.

O republicano anunciou que planeja impor tarifas de 25% a 75% sobre produtos do México e da China se o tráfico de fentanil, uma substância poderosa associada a um terço das mortes por overdose nos Estados Unidos, continuar.

“Haverá diálogo”, disse Sheinbaum, reiterando que o fluxo de migrantes para a fronteira dos EUA diminuiu 75% desde dezembro passado, de acordo com as estimativas de seu governo.

Ela também destacou a relação comercial do México com os Estados Unidos, parceiros comerciais junto com o Canadá no acordo de livre comércio da América do Norte, o T-MEC.

“Há uma integração econômica muito importante que favorece os dois países, é um ponto forte de ambos, não competimos um com o outro, pelo contrário, nos complementamos”, disse ela.

Na noite de terça-feira para quarta-feira, o peso mexicano se desvalorizou mais de 2,5% com a confirmação da vitória do republicano, sendo negociado a 20,60 por dólar.

“Nossa economia é muito sólida”, disse Sheinbaum.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo