Não há perspectiva de uma solução mágica para salvar o mundo do impacto do aquecimento global, alertaram cientistas no fim de julho. Quando a Terra completou o mês mais quente já registrado em sua superfície, especialistas em clima e engenheiros deixaram claro que somente a redução global da queima de combustíveis fósseis poderá impedir o planeta de entrar numa era de superaquecimento intenso.
Houve propostas de que tecnologias globais ainda a serem desenvolvidas poderiam evitar uma catástrofe climática iminente e impedir o aumento das temperaturas. Os exemplos incluem projetos que podem capturar emissões de carbono e armazená-las no subsolo, ou esquemas que desviariam a luz solar da Terra. Pesquisadores experientes dizem, no entanto, que a única esperança realista de evitar os piores impactos da mudança climática seria interromper a queima de carvão, gás e petróleo. “A prioridade número 1 que temos é substituir os combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis”, afirma o doutor Greg Mutch, da Universidade de Newcastle, na Inglaterra. “Isso será crítico. Depois pensaremos em capturar as emissões de carbono das fábricas industriais que não podem operar sem produzir CO₂.”
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login