Em discurso gravado para a 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o Papa Francisco mencionou as queimadas na Amazônia e a vulnerabilidade dos povos indígenas como um exemplo de que “a crise ambiental é intimamente ligada à crise social”. A fala foi veiculada nesta sexta-feira 25.
“Eu penso na perigosa situação da Amazônia e dos povos indígenas que vivem lá. Isso nos lembra que a crise ambiental é intimamente ligada à crise social e que o cuidado com o ambiente exige uma abordagem abrangente para lidar com a pobreza e combater a exclusão”, disse.
Francisco também relembrou que, há cinco anos, grande parte dos países do mundo assinou o Acordo de Paris na COP 21, na França. As metas de diminuição na emissão de gases de efeito estufa, destinação de recursos do Norte global para as nações em desenvolvimento e as noções de multilateralismo, em 2020, estão enfraquecidas, apontou o Papa.
“Foi um momento de grande esperança e promessa para a comunidade internacional, às vésperas da adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, disse. “Nós precisamos ser honestos e admitir que, embora alguns progressos tenham sido feitos, a comunidade internacional não foi realmente capaz de cumprir as promessas feitas cinco anos atrás”, completou.
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