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Na ONU, Bolsonaro volta a disparar contra críticos e diz que há cobiça internacional pela Amazônia
Uma semana após abrir debates de alto nível, presidente discursou em Cúpula da Biodiversidade e repetiu argumentos sobre meio ambiente
Em discurso na Cúpula sobre Biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira 30, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que rechaça “de forma veemente” o que chamou de “cobiça internacional sobre a nossa Amazônia” e disse que vai “defendê-la de ações e narrativas que agridam interesses nacionais”.
Bolsonaro repetiu a linha argumentativa que apresentou em 22 de setembro, quando abriu os debates de alto nível da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Na ocasião, ele havia se declarado como vítima de “campanhas brutais de desinformação” sobre suas políticas ambientais.
“Não podemos aceitar, portanto, que informações falsas e irresponsáveis sirvam de pretexto para a imposição de regras internacionais injustas, que desconsiderem as importantes conquistas ambientais que alcançamos em benefício do Brasil e do mundo”, disse o presidente.
Na sequência, Bolsonaro reivindicou o “direito soberano dos Estados de explorar seus recursos naturais, em conformidade com suas políticas ambientais”.
“Meu governo mantém firme o compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a gestão soberana dos recursos brasileiros”, disse o presidente.
“Estaremos sempre abertos a contribuir a um debate fundamentado no respeito aos três pilares da Convenção da Diversidade Biológica: a conservação, o uso sustentável e a repartição de benefícios”, completou.
Ao longo do discurso de seis minutos, o chefe do Executivo enumerou ações de proteção ambiental de sua gestão, como a Operação Verde Brasil 2, deflagrada em 22 de maio para combater focos de incêndio, desmatamento e garimpo ilegal, sob coordenação do vice-presidente Hamilton Mourão.
A Cúpula sobre Biodiversidade é uma das últimas agendas da Assembleia Geral deste ano.
No documento “Perspectivas da Biodiversidade para 2020”, a ONU informa que mais de um milhão de espécies de seres vivos estão em risco de extinção e dois bilhões de hectares de terra estão degradados. Além disso, a atividade humana já alterou de forma significativa e negativa 85% dos pântanos, 66% dos oceanos e 50% dos recifes de coral.
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