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Na França, ultradireita fracassa e perde disputa em eleições regionais

Thierry Mariani foi derrotado por Renaud Muselier na região Provença-Alpes-Costa Azul, única onde os nacionalistas aspiravam uma vitória

Marine Le Pen, líder da extrema-direita francesa. Foto: GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP)
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A extrema direita de Marine Le Pen fracassou na tentativa de conquistar pela primeira vez um governo local na França neste domingo 27 no segundo turno das eleições regionais, segundo as primeiras estimativas.

Seu candidato, Thierry Mariani, do Agrupamento Nacional (RN, na sigla em francês), foi derrotado pelo rival conservador, Renaud Muselier, na região Provença-Alpes-Costa Azul (PACA, sudeste), a única onde o partido nacionalista podia aspirar a vencer.

“Esta noite, não ganharemos nenhuma região”, admitiu Marine Le Pen, destacando que a França sofre uma “profunda crise da democracia local”. “A mobilização é a chave para as vitórias futuras”, disse, de olho nas presidenciais do ano que vem.

Muselier foi favorecido pela saída do candidato de esquerda, um exemplo da “Frente Republicana”, vista nas eleições presidenciais passadas para bloquear a ultradireita.

Ganhar o controle de uma região pela primeira vez em sua história teria sido um grande impulso para Le Pen, que tenta convencer os eleitores de que o RN é um partido capaz de governar.

Para alguns analistas, estes resultados trazem dúvidas sobre se as presidenciais de 2022 vão se reduzir a um duelo entre Macron e Le Pen no segundo turno, que há tempos é considerado o cenário mais provável.

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