Na Celac, Petro chama guerra às drogas de ‘genocídio’

'Vivemos um genocídio de um milhão de latino-americanos no último meio século', afirmou o presidente da Colômbia em São Vicente e Granadinas

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Foto: Randy Brooks/AFP

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, classificou como “genocídio” a “guerra fracassada” contra as drogas, liderada pelos Estados Unidos, durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, a Celac, nesta sexta-feira 1º.

“Vivemos um genocídio de um milhão de latino-americanos no último meio século”, afirmou o presidente na reunião, em São Vicente e Granadinas, na presença de outros cinco líderes da América do Sul.

Petro criticou os EUA por “acreditarem que a luta contra as drogas se baseia em repressão, prisão, polícia e assassinato”, e não “na prevenção e na saúde pública”.

Os grandes chefes do narcotráfico foram protegidos por autoridades corruptas, enquanto as vítimas dessa guerra incluem os agricultores de coca, o elo mais fraco da cadeia do narcotráfico, afirmou o primeiro líder de esquerda da história da Colômbia.

“O resultado não poderia ser mais dramático, mais fracassado”, acrescentou em Kingstown o presidente do país que mais produz e exporta cocaína no planeta.

Durante a cúpula da Celac, Petro se reunirá com seu homólogo Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a situação na Faixa de Gaza.


O presidente colombiano recebeu apoio do chefe da ONU, António Guterres, devido à política de negociação da paz com grupos armados, como o Exército de Libertação Nacional, o ELN, e dois grupos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc.

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