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MP do Peru pede 35 anos de prisão para ex-presidente por caso Odebrecht

A acusação inclui o empresário chileno Gerardo Sepúlveda Quezada, para quem o órgão também pediu 35 anos de prisão

O ex-presidente do Peru Pedro Pablo Kuczynski. Foto: Luka Gonzales/AFP
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O Ministério Público do Peru pediu, nesta sexta-feira 12, 35 anos de prisão para o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski por suposta lavagem de ativos e formação de uma organização criminosa que teria recebido 12 milhões de dólares em assessorias secretas da Odebrecht.

A acusação contra Kuczynski, de 84 anos, que responde em liberdade condicional, foi apresentada pelo promotor José Domingo Pérez, da equipe especial da Lava Jato do Peru, que o investiga há mais de cinco anos.

“Ele está totalmente tranquilo, acredita que a situação será resolvida e que ninguém pode acusá-lo de qualquer ato de corrupção”, disse à rádio RPP o advogado do ex-presidente, Julio Mindolo.

Segundo o MP, Kuczynski, por meio de suas empresas de assessoria financeira, conspirou com a Odebrecht para apoiar seus projetos de obras em troca de supostos subornos. Se for condenado, Kuczynzki pode cumprir parte da pena em casa por ter mais de 70 anos, segundo a legislação peruana.

A acusação inclui o empresário chileno Gerardo Sepúlveda Quezada, para quem o MP também pediu 35 anos de prisão.

Ex-banqueiro de Wall Street, Kuczynski goza de liberdade condicional desde abril de 2022, depois de passar três anos em prisão domiciliar. Antes de ser presidente do Peru (2016-2018), ele foi ministro de Alejandro Toledo entre 2001 e 2006. Em 21 de março de 2018, tornou-se o primeiro presidente em exercício nas Américas a renunciar devido ao escândalo da Odebrecht.

Kuczynski deixou o cargo depois de a empreiteira brasileira revelar ter contratado duas consultorias ligadas a ele – Westfield Capital e Firts Capital – para assessorá-la em operações financeiras no Peru, um dado que omitiu quando chegou ao poder.

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