O movimento “Black Lives Matter”, que ganhou projeção no ano passado com a morte do negro americano George Floyd, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por um parlamentar norueguês.
Fundado em 2013 nos Estados Unidos, o movimento “se tornou um dos mais poderosos do mundo na luta contra a injustiça racial”, disse Petter Eide, deputado da Esquerda Socialista (SV), no sábado.
“Começou há alguns anos nos Estados Unidos, depois espalhou-se por muitos outros países, sensibilizando para a importância do combate às injustiças raciais”, continuou.
Após a morte de George Floyd, morto por um policial branco em maio de 2020 nos Estados Unidos durante uma prisão policial, “Black Lives Matter” (Vidas Pretas Importam) convocou muitas instituições ao redor do mundo a exigir mudanças e melhor representação.
Segundo Petter Eide, o BLM “abriu o debate e (atraiu) a atenção de muitos países”.
As candidaturas para o Nobel da Paz podem ser apresentadas por parlamentares e ministros de todos os países, ex-laureados e certos professores universitários.
As inscrições, que devem ser enviadas até o prazo final de 31 de janeiro, geralmente são mantidas em segredo, a menos que seus promotores decidam divulgar sua escolha.
Indicações diversas e insólitas
Entre as propostas apresentadas até o momento figuram Julian Assange, o polêmico fundador do Wikileaks, um trio de oponentes bielorrussos liderados por Svetlana Tikhanovskaïa, organizações que trabalham pela vacinação (Cepi e Gavi) ou pela liberdade de imprensa (RSF e CPJ), a rede internacional de verificadores de fatos IFCN e até mesmo o ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
O Nobel da Paz será outorgado no início de outubro. No ano passado, ele premiou o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
*Com informações da AFP
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