Mundo
Moscou trabalhará com qualquer presidente eleito nos EUA, diz chanceler
Sergey Lavrov elogiou manifestações do candidato a vice de Trump, o senador J.D. Vance
A Rússia está preparada para trabalhar com qualquer presidente dos Estados Unidos “que esteja disposto a iniciar um diálogo justo e de respeito mútuo”, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, nesta quarta-feira 17.
“Trabalharemos com qualquer líder americano, seguiremos dispostos a trabalhar com qualquer líder americano eleito pelo povo americano que esteja disposto a iniciar um diálogo justo e de respeito mútuo”, declarou Lavrov em uma coletiva de imprensa na ONU.
O chanceler russo, cujo país preside o Conselho de Segurança da ONU neste mês, falou em uma coletiva de imprensa sobre as futuras relações entre Moscou e Washington em caso de vitória de Donald Trump na eleição presidencial de novembro.
O candidato republicano, que disse em maio de 2023 que acabaria com o conflito na Ucrânia “em 24 horas” se voltasse ao comando dos EUA, é regularmente atacado pelo campo democrata por suas posições, consideradas complacentes com a Rússia.
“Temos trabalhado com o presidente Trump”, observou Lavrov. Embora durante sua presidência tenham sido adotadas “cada vez mais sanções” contra Moscou, “naquela época, o diálogo tinha lugar entre nós e Washington no mais alto nível”.
“No momento, não há diálogo”, acrescentou.
Questionado sobre o companheiro de chapa de Donald Trump, o senador J.D. Vance, um ferrenho opositor da ajuda à Ucrânia, Lavrov elogiou suas posições.
“Ele é a favor da paz, a favor de pôr um fim à ajuda que está sendo dada, e nós só podemos aplaudi-lo, porque o que precisamos é parar de encher a Ucrânia de armas, e a guerra acabará”, concluiu.
AFP
Agência de notícias francesa, uma das maiores do mundo. Fundada em 1835, como Agência Havas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Eleição nos EUA: o que mostram as pesquisas eleitorais após o atentado contra Trump
Por CartaCapital
Um a cada três apoiadores de Biden acha que atentado contra Trump pode ter sido armado
Por CartaCapital
Irã nega envolvimento em complô para assassinar Trump
Por AFP