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Moscou convoca encarregado de negócios da Itália para protestar contra ‘campanha antirrusa’

O governo de Vladimir Putin acusou os italianos de ‘declarações de ódio’ contra a Rússia

Moscou convoca encarregado de negócios da Itália para protestar contra ‘campanha antirrusa’
Moscou convoca encarregado de negócios da Itália para protestar contra ‘campanha antirrusa’
Putin sugere que Zelensky deixe o poder na Ucrânia para que negociações de paz prossigam. Foto: VYACHESLAV PROKOFYEV / POOL / AFP
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A Rússia anunciou, nesta quinta-feira 7, que convocou o encarregado de negócios italiano em Moscou para protestar contra o que qualificou como “campanha antirrussa” na imprensa, em meio às crescentes tensões entre os dois países.

A convocação ocorreu na terça-feira, “devido à incessante campanha antirrussa no espaço midiático italiano e à reação desproporcional de Roma diante da rejeição por parte de Moscou de algumas declarações de ódio de altos representantes das autoridades italianas contra a Rússia”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo em um comunicado.

O ministério também acusou “os grandes meios de comunicação italianos” de “atividades antirrussas” e denunciou “ataques russofóbicos” lançados com “pleno apoio de círculos dirigentes italianos”.

“Precisamente neste ambiente carregado tornou-se possível o recente cancelamento da apresentação do maestro (Valeri) Gergiev” na Itália, lamentou o ministério.

O concerto deste renomado maestro russo, próximo a Putin, previsto para 27 de julho em um festival perto de Nápoles, foi cancelado em 21 de julho após muitas críticas ao evento.

Poucos dias depois, o chanceler italiano, Antonio Tajani, convocou o embaixador russo em Roma para protestar contra a inclusão do presidente Sergio Mattarella em uma lista de supostos “russofóbicos” elaborada por Moscou.

O nome de Mattarella foi incluído na lista devido a um discurso proferido em fevereiro, quando traçou um paralelo entre a Rússia e o Terceiro Reich.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, firme partidária da Ucrânia em sua luta contra a ofensiva russa iniciada em fevereiro de 2022, expressou, então, seu apoio a Mattarella, ao denunciar uma “enésima operação de propaganda, cujo objetivo é desviar a atenção das graves responsabilidades de Moscou”.

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