A poetisa norte-americana Louise Glück, ganhadora do prêmio Nobel de Literatura em 2020, morreu nesta sexta-feira 13 aos 80 anos. Glück morreu de câncer em sua casa em Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos.
Nascida em Nova York e considerada um dos maiores nomes da poesia nos Estados Unidos, Glück foi reconhecida pela academia sueca por “sua inconfundível voz poética que, com beleza austera, universaliza a existência individual”.
Ela foi a 16ª mulher a ganhar o prêmio literário. Glück ficou conhecida ao publicar, em 1992 “The Wild Iris”, que lhe rendeu um prêmio Pulitzer, muito antes da consagração mundial com o Nobel, quase três décadas depois.
“Os poemas não perduram como objetos, mas como presenças. Quando você lê algo que merece ser lembrado, libera uma voz humana: devolve ao mundo um espírito companheiro. Leio poemas para ouvir essa voz. Escrevo para falar àqueles a quem escutei”, escreveu Glück no ensaio “Proofs and Theories”, que lhe valeu o prêmio PEN/Martha Albrand.
Adepta da simplicidade, citava como suas primeiras influências na juventude poetas conhecidos pela clareza de expressão, como William Butler Yeats (Prêmio Nobel em 1923) e T.S. Eliot (Prêmio Nobel em 1948).
“O não dito, para mim, exerce grande poder”, escreveu ela em “Proofs and Theories”.
O trabalho de Glück se baseou em temas como a beleza simples da natureza e a experiência de mundo de uma criança, e na evocação de histórias da mitologia.
Ela cresceu em Long Island, Nova York, e é descendente por parte de pai de judeus húngaros que migraram para os Estados Unidos no começo do século XX.
(Com informações da AFP)
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