Mundo
Morre Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema-direita na França
Ele tinha 96 anos e estava internado em uma casa de repouso com a saúde debilitada


Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema-direita na França, morreu nesta terça-feira 7 aos 96 anos, informou sua família em um comunicado enviado à AFP.
Le Pen, que estava internado em uma casa de repouso há várias semanas devido à sua saúde debilitada, morreu ao meio-dia (horário local) “cercado por sua família”, indicou a nota.
O fundador da Frente Nacional (FN) em 1972, conhecido pelos seus comentários xenofóbicos e antissemitas, chocou a França em 2002 ao ir para o segundo turno da eleição presidencial, que perdeu para o conservador Jacques Chirac.
Em 2011, entregou as rédeas do partido à sua filha Marine Le Pen, que o rebatizou de Reagrupamento Nacional (RN) em 2018 e se esforçou para moderar a imagem da formação.
“Depois de ter servido no exército francês na Indochina e na Argélia, e como tribuno do povo na Assembleia Nacional e no Parlamento Europeu, esteve sempre ao serviço da França e defendeu a sua identidade e soberania”, escreveu na rede X o presidente do RN, Jordan Bardella.
Após o marco histórico de seu pai em 2002, Marine Le Pen também disputou o segundo turno presidencial em 2017 e 2022, vencido por Emmanuel Macron, mas se estabeleceu como uma política de relevância na França.
O histórico líder da extrema-direita teve um problema cardíaco em abril de 2023 e um ano depois a Justiça nomeou as suas três filhas – Marine, Marie-Caroline e Yann – como suas representantes devido ao seu estado de saúde debilitado.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.