Mundo

Monumento aos heróis do levante do Gueto de Varsóvia é vandalizado na Polônia

O local homenageia a resistência judaica contra o nazismo

Monumento aos heróis do levante do Gueto de Varsóvia é vandalizado na Polônia
Monumento aos heróis do levante do Gueto de Varsóvia é vandalizado na Polônia
Trabalhador atua para retirar a tinta do monumento – Foto: Sergei Gapon / AFP
Apoie Siga-nos no

O Ministério de Relações Exteriores da Polônia condenou nesta sexta-feira 15 um ato de vandalismo contra o monumento aos heróis do levante do Gueto de Varsóvia de 1943, perpetrado por desconhecidos, que o mancharam com tinta vermelha e preta.

“O monumento do Gueto de Varsóvia foi vandalizado na noite passada”, escreveu o embaixador de Israel na Polônia, Yacov Livne, em uma publicação na rede social X, acompanhada de uma foto.

Um fotógrafo da AFP no local constatou que alguns trabalhadores estavam retirando a tinta deste monumento, localizado no terreno do antigo gueto, em frente ao Museu da História dos Judeus da Polônia, não muito longe do centro da capital polonesa.

Livne fez um apelo às autoridades polonesas para que “condenem este ato, encontrem os culpados e os levem à justiça”.

A chancelaria polonesa condenou “firmemente o ato de vandalismo” cometido contra o “símbolo da memória das vítimas do Holocausto e da resistência judaica contra o nazismo alemão”. Segundo o comunicado do ministério, “esses atos constituem um ataque contra a história e os valores que nos unem como sociedade”.

A tinta preta e vermelha visível no monumento lembra as cores do Exército Insurgente Ucraniano (UPA), ao qual Varsóvia acusa de ter matado cerca de 100 mil civis da minoria polaca entre 1943 e 1945.

O ato não foi reivindicado. O ministro do Interior da Polônia, Tomasz Siemoniak, anunciou uma “investigação intensa” sobre a “profanação” do monumento.

Um ano após invadir a Polônia, em 1940, os nazistas cercaram um bairro de Varsóvia para confinar em três quilômetros quadrados quase meio milhão de judeus, com o objetivo de exterminá-los por fome e doenças, e deportar mais de 300 mil para câmaras de gás.

A insurreição estourou em 19 de abril de 1943. Foi o maior e mais conhecido ato de resistência urbana judaica contra os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo