Mundo
Religioso moderado obtém 51% dos votos para a Presidência do Irã
Com 65% das urnas apuradas, Hassan Rohani lidera a disputa contra o conservador Mohammad Bagher Ghalibaf
TEERÅ (AFP) – O religioso moderado Hassan Rohani obteve 51% dos votos na apuração parcial do primeiro turno da eleição presidencial do Irã. Cerca de 65% das urnas foram apuradas, anunciou neste sábado 15 uma autoridade do Ministério do Interior à televisão. “Vinte e três milhões de cédulas foram apuradas e Rohani obteve 11,75 milhões de votos em 38.621 centros de votação de um total de 58.764.”
Na segunda posição, aparece o conservador Mohammad Bagher Ghalibaf, com 3,49 milhões de votos (15%). Ex-chefe dos Guardiões da Revolução, Mohsen Rezai registrou 2,7 milhões de votos (11,68%), enquanto o atual chefe dos negociadores iranianos na questão nuclear, Said Jalili, obteve 2,59 milhões (11%).
Os dois outros candidatos, o ex-chefe da diplomacia Ali Akbar Velayati e Mohammad Gharazi, receberam uma votação inexpressiva.
Cerca de 50,5 milhões de iranianos foram convocados às urnas para eleger o sucessor do presidente Mahmud Ahmadinejad.
Rohani, de 64 anos, foi o responsável pelas negociações em torno do polêmico projeto nuclear de Teerã durante a presidência do reformista Mohammad Khatami (1997-2005) e recebeu o apoio do campo reformador. Ele defende uma posição mais flexível nas discussões com as grandes potências para reduzir as sanções decretadas contra Teerã, que provocaram uma grave crise econômica. Já Said Jalili e Mohammad Bagher Ghalibaf recusam qualquer “concessão”.
Leia mais em AFP Movel
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.



