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Mísseis do Irã, promessa de vingança de Netanyahu e bombardeio no Líbano: cresce a tensão no Oriente Médio

Os iranianos, por sua vez, ameaçaram realizar ‘ataques devastadores’ se Israel responder à ofensiva desta terça-feira

Mísseis do Irã, promessa de vingança de Netanyahu e bombardeio no Líbano: cresce a tensão no Oriente Médio
Mísseis do Irã, promessa de vingança de Netanyahu e bombardeio no Líbano: cresce a tensão no Oriente Médio
Registro aéreo de Jerusalém, em 1º de outubro de 2024, dia de ataques do Irã. Foto: Ahmad Gharabli/AFP
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Em um cenário de tensão crescente no Oriente Médio, Israel e Estados Unidos ameaçaram responder ao ataque lançado nesta terça-feira 1º pelo Irã, que disparou cerca de 180 mísseis contra o território israelense. Foi uma resposta aos assassinatos de líderes do movimento libanês Hezbollah e do grupo palestino Hamas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã “cometeu um grande erro nesta noite e pagará por isso”.

Já na madrugada da quarta-feira 2 (noite de terça no Brasil), o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, declarou que a força aérea continuará a bombardear “fortemente” o Oriente Médio. Pouco depois, o Exército anunciou que realizava ataques aéreos contra alvos do Hezbollah em Beirute.

Segundo uma fonte de segurança libanesa relatou à agência AFP, a ação ocorreu nos subúrbios ao sul da capital do Líbano.

Os norte-americanos, por sua vez, afirmaram querer “coordenar” com os israelenses uma resposta ao Irã. “Os Estados Unidos apoiam totalmente, totalmente, totalmente Israel”, disse o presidente Joe Biden.

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta quarta para discutir a escalada das hostilidades na região.

A Guarda Revolucionária, o Exército ideológico do Irã, declarou que o ataque foi uma reação às mortes do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na semana passada, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho.

Os iranianos ameaçaram realizar “ataques devastadores” se Israel responder à ofensiva desta terça.

Incursões no Líbano

Também nesta terça, Tel Aviv sofreu um ataque com armas automáticas no bairro de Jaffa, com um saldo de seis mortos e nove feridos. O atentado partiu de dois indivíduos, posteriormente “neutralizados”, segundo a polícia israelense.

Não é a primeira vez que o Irã ataca diretamente seu arqui-inimigo nos últimos meses. Em 13 de abril, disparou cerca de 350 drones explosivos e mísseis contra Israel, em resposta a um bombardeio mortal sobre o consulado iraniano em Damasco, capital da Síria.

O novo ataque iraniano ocorreu no mesmo dia em que Israel anunciou operações militares terrestres contra o Hezbollah no sul do Líbano e após uma semana de intensos bombardeios contra o movimento, com centenas de mortos.

Pelo menos 55 pessoas morreram e 156 ficaram feridas no bombardeio israelense desta terça em várias áreas do Líbano, informou o Ministério da Saúde libanês. Mais de mil pessoas morreram no país desde o recrudescimento da violência, de acordo com a pasta.

Já o Centro de Crises Libanês afirmou que mais de 240 mil pessoas fugiram para a Síria desde 23 de setembro, quando os bombardeios israelenses contra o Líbano começaram.

Além disso, os ataques de Israel na Faixa de Gaza não cessam: a Defesa Civil palestina informou nesta terça que 12 pessoas morreram em um bombardeio no campo de refugiados de Nuseirat, no centro do enclave, e outras sete morreram em uma ofensiva contra uma escola que abrigava deslocados no norte. O Exército israelense alega que seus soldados dispararam contra dezenas de suspeitos.

A ação de Tel Aviv deixou mais de 41.600 mortos na Faixa de Gaza, em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.

(Com informações da AFP)

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