Mundo

Ministro israelense defende terapia de conversão para homossexuais

Após entrevista, Rafi Peretzo virou alvo de críticas e pedidos de demissão do Ministério da Educação

Ministro israelense defende terapia de conversão para homossexuais
Ministro israelense defende terapia de conversão para homossexuais
Declaração de Rafi Peretz gerou críticas. Foto: MENAHEM KAHANA / POOL / AFP
Apoie Siga-nos no

Após declarar ser a favor das “terapias de conversão” da orientação sexual dos homossexuais, o ministro israelense da  Educação, Rafi Peretz, virou alvo de críticas no país que exigem inclusive sua saída do governo.

Líder de um partido religioso nacionalista, o ministro fez essa declaração no sábado 13 em uma entrevista a uma emissora de televisão do país.

Ao ser perguntado se era possível mudar a orientação sexual de uma pessoa homossexual, Peretz, que também é rabino, respondeu: “Creio que é possível”.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que acolheu em seu governo a União dos Partidos de Direita liderada por Peretz, condenou oficialmente as afirmações do ministro.

“Os comentários do Ministro da Educação sobre a comunidade gay não são aceitáveis e não refletem a posição do governo que eu dirijo”, informou Netanyahu, através de um comunicado divulgado no sábado, sem indicar qualquer intenção de destituir Peretz do cargo, como pediram vários membros da oposição.

O premier declarou ter falado com o titular do ministério da Educação, “que afirmou que o sistema educacional israelense continuaria a aceitar todos os filhos de Israel como eles são, independentemente de sua orientação sexual”.

As “terapias de conversão” foram amplamente reconhecidas, inclusive pelo Ministério da Saúde de Israel, como não científicas e potencialmente prejudiciais para os jovens.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo