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Ministro diz ter sido alertado sobre possível atentado contra o presidente da Colômbia
O suposto ataque ocorreria durante um ato público em comemoração à independência nacional


O ministro da Defesa da Colômbia, Iván Velásquez, afirmou nesta quinta-feira 8 que os órgãos de segurança receberam informações sobre um possível atentado contra o presidente Gustavo Petro, que havia sido planejado para 20 de julho.
“Havia informações a respeito disso, de um atentado cujos detalhes não vou mencionar”, disse o ministro em coletiva de imprensa, ao ser questionado sobre suspeitas de um ataque à segurança do presidente durante um ato público em comemoração à independência nacional, celebrada em 20 de julho.
Naquele dia, Petro chegou com várias horas de atraso ao evento que era realizado em Bogotá.
O presidente chegou tarde por causa de um alerta “de segurança que o país desconhecia”, explicou na quarta-feira Gustavo Bolívar, funcionário do governo e homem de confiança de Petro, durante um ato pelo aniversário do Exército.
Bolívar se referiu a “uma advertência da embaixada americana” sobre um “possível perigo que estava sendo analisado até ao último minuto”, mas disse não conhecer detalhes sobre o ocorrido.
A missão diplomática dos Estados Unidos na Colômbia não se manifestou sobre o alerta.
“Em muitas ocasiões foram apresentadas informações de natureza diversa a respeito de possíveis ações que pudessem se desenvolver contra o presidente”, prosseguiu o ministro da Defesa.
Essas ameaças, acrescentou, foram atendidas “oportunamente” pelos órgãos de inteligência colombianos e foram tomadas “medidas de segurança necessárias” para proteger o mandatário.
Petro, ex-senador e ex-guerrilheiro que combateu o Estado colombiano antes de firmar um acordo de paz em 1990, já manifestou em diversas ocasiões preocupação por sua segurança e a de sua família.
Sua vice-presidente, Francia Márquez, também fez diversas denúncias sobre planos para atentar contra a sua vida e a de sua família. Em 2019, antes de tomar posse, foi atacada com granadas e tiros de fuzil por seu trabalho como ativista ambiental no departamento de Cauca, no sudoeste do país.
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