Mundo
Ministro britânico da Defesa pede demissão
Ben Wallace teve um papel chave no apoio ocidental à Ucrânia desde o início da invasão russa


O ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, que teve um papel crucial no apoio à Ucrânia após a invasão russa, pediu demissão formalmente nesta quinta-feira (31) e o governo anunciou que será substituído por Grant Shapps, que era o titular da pasta da Energia.
Wallace, 53 anos, havia anunciado no mês passado a intenção de aposentar-se da vida política depois de passar nove anos no governo, quatro deles à frente do ministério da Defesa.
“Fui eleito deputado em 2005 e, depois de tantos anos, é hora de dedicar aos aspectos da vida que tenho negligenciado e explorar novas oportunidades”, escreveu em sua carta de demissão publicada pelo serviço de comunicação do governo.
O gabinete do primeiro-ministro Rishi Sunak anunciou alguns minutos depois a nomeação de Shapps, 54 anos, para a pasta da Defesa.
A imprensa britânica acredita que a mudança é parte de uma reforma ministerial mais profunda que permitiria a Sunak preparar sua candidatura para as eleições gerais de 2024. Porém, tudo indica que as outras mudanças acontecerão no final do ano.
Wallace teve um papel chave no apoio ocidental à Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
Candidato ao posto de secretário-geral da Otan, Ben Wallace não conseguiu o apoio dos Estados Unidos e o norueguês Jens Stoltenberg foi reeleito.
Wallace era o ministro da Defesa com mais tempo no cargo desde Winston Churchill.
Era o único ministro à frente de uma pasta de alto escalão que permaneceu no mesmo cargo nos últimos três governos: no de seu aliado Boris Johnson, no efêmero governo de Liz Truss e, por último, na gestão de Sunak.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.