Ministra da Igualdade Social de Israel se diz ‘orgulhosa’ das ruínas na Faixa de Gaza

May Golan ainda afirmou desejar que cada criança possa contar a seus netos 'o que fizeram os judeus' contra o Hamas

Créditos: Reprodução

Apoie Siga-nos no

A ministra da Igualdade Social e do Empoderamento Feminino de Israel, May Golan, disse estar “orgulhosa” das ruínas na Faixa de Gaza.

Em discurso proferido na segunda-feira 19 no Knesset, o Parlamento israelense, a ministra ainda afirmou desejar que cada criança possa contar a seus netos “o que fizeram os judeus” contra o Hamas.

A declaração ocorreu enquanto Golan defendia a expulsão do parlamentar Ofer Cassif, que demonstrou solidariedade aos palestinos e se opôs à guerra em Gaza. Único membro judeu do partido Hadash-Ta’al, de maioria árabe, ele acusou os líderes israelenses de defenderem crimes contra a humanidade.

A ministra alegou que as pessoas contrárias à expulsão de Cassif eram “covardes” e condenou parlamentares que “escolheram fugir como porcos do plenário para não fazerem parte de uma causa política, democrática e, acima de tudo, sionista”.

“Não nos envergonhamos de dizer que queremos ver os soldados das Forças Armadas de Israel capturando Yahya Sinwar (líder do Hamas em Gaza) e seus terroristas pelos olhos, arrastando-os pela Faixa de Gaza a caminho dos calabouços da Autoridade Prisional”, discursou a ministra.

Estou pessoalmente orgulhosa das ruínas em Gaza. Que daqui a 80 anos todos os bebês possam contar aos seus netos o que os judeus fizeram quando suas famílias foram assassinadas, estupradas e sequestradas.”


O ataque do Hamas deixou cerca de 1,2 mil mortos e 250 sequestrados. Do lado palestino, mais de 29 mil pessoas morreram nos ataques israelenses, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.