Milhares vão às ruas da Europa contra extrema direita e nacionalismo

Eleições para o Parlamento Europeu ocorrem no dia 26 na maioria dos países

(Foto: Rebecca Staudenmaier/Reprodução Twitter)

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A poucos dias da votação para eleger o próximo Parlamento Europeu, centenas de milhares de cidadãos vão às ruas do continente neste domingo 19, numa mensagem de apoio à Europa e seu projeto de paz, e repúdio ao nacionalismo e à extrema direita.

Na Alemanha estão planejadas passeatas em sete grandes cidades, entre outras: Berlim, Colônia, Frankfurt, Hamburgo, Leipzig, Munique e Stuttgart. Segundo cálculos da polícia, só em Colônia deverão participar entre 20 mil e 25 mil pessoas.

Entrevistadas pela DW, duas integrantes do grupo “Vovós contra a direita” explicaram que participam por temer que a Alemanha e a Europa estejam retornando a um capítulo sombrio da história. “Nossas avós e avôs nos contaram como era a vida sob os nazistas”, diz Walli, de 65 anos, “mas há uma lacuna de conhecimento a respeito.”

Estão também previstas manifestações pró-UE na Áustria, Bulgária, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália, Polônia, Reino Unido, Romênia e Suécia.

Os protestos na Alemanha têm como lema “Uma Europa para Todos: Sua Voz contra o Nacionalismo” e contam com a participação de mais de 100 organizações da sociedade civil e partidos políticos. Apesar de declaradamente pró-europeus, os organizadores também reivindicam mudanças no bloco: “A UE deve mudar, se é para ter um futuro”, consta do website dos eventos.

Eles exigem promoção da diversidade e garantias de justiça social, assim como a defesa dos direitos humanos, em especial para os solicitantes de refúgio e migrantes que chegam pelo Mar Mediterrâneo. “Claro que a UE precisa mudar, precisamos de cooperação muito mais forte”, confirma nas ruas Susanne Helm, de 50 anos, do movimento Pulso da Europa.

As eleições para o Parlamento Europeu nos diferentes países do bloco transcorrem entre 23 e 26 de maio. Muitos eleitores de tendência democrática estão preocupados que os partidos eurocéticos e ultradireitistas obtenham um grande número de assentos, sobretudo com a baixa participação nas urnas em toda a UE.

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