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Milhares homenageiam vítimas de atentados em Copenhague

Dois dias após um atirador realizar ataques na capital dinamarquesa, manifestação em solidariedade aos dois mortos toma conta do centro da cidade

Dezenas de milhares de pessoas se reuniram no centro de Copenhague para homenagear as vítimas dos dois ataques terroristas ocorridos na capital dinamarquesa. Os incidentes aumentaram o temor por uma nova onda de violência antissemita
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Dezenas de milhares de dinamarqueses participaram nesta segunda-feira 16 de uma manifestação no centro de Copenhague em homenagem às duas vítimas dos ataques ocorridos no último fim de semana na capital dinamarquesa.

A primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt disse à multidão que o “senso de comunidade” da Dinamarca permitiria que o país superasse a ameaça de pessoas que “querem nos fazer mal”. “É uma ameaça da qual vamos nos defender, com a força gerada a partir do nosso senso de comunidade”, declarou.

Tendo em vista que uma das vítimas dos ataques foi um judeu, a premiê enfatizou que a Dinamarca está ao lado da comunidade judaica. “Hoje à noite, quero dizer a todos os judeus dinamarqueses: vocês não estão sozinhos. Um ataque contra os judeus da Dinamarca é um ataque contra a Dinamarca, contra todos nós”, disse.

No último sábado, um homem armado de 22 anos abriu fogo num centro cultural onde um debate sobre o Islã e a liberdade de expressão estava sendo realizado, matando um homem de 55 anos, mais tarde identificado como o documentarista Finn Noergaard. Horas depois, o mesmo atirador atacou uma sinagoga, matando um guarda judeu. Pouco depois, o autor dos ataques foi morto pela polícia.

As autoridades não revelaram oficialmente a identidade do atirador, mas disse não haver indício de que ele fosse parte de uma célula terrorista ou de que tenha viajado à Síria ou ao Iraque para ser treinado por jihadistas. Dois homens foram presos sob suspeita de prestar assistência ao autor dos ataques.

Premiê dinamarquesa Premiê Helle Thorning-Schmidt (ao fundo) destacou “senso de comunidade” do país. Foto: Claus Bjoern Larsen/ AFPA mídia dinamarquesa identificou o atirador como Omar El-Hussein, um dinamarquês com raízes palestinas e histórico de crimes violentos.

Um dos palestrantes do evento em prol da liberdade de expressão no centro cultural atacado, o artista sueco Lars Vilks, foi transferido para um local mantido em segredo por razões de segurança, disse a polícia sueca nesta segunda-feira. Acredita-se que Vilks, que recebeu ameaças por satirizar o profeta Maomé em charges, tenha sido o alvo do ataque de sábado.

Após o ataque a sinagoga em Copenhague, aumentaram os temores quanto a uma onda de violência antissemita na Europa. Nesta segunda-feira, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, afirmou que as autoridades do país estão fazendo de tudo para garantir a segurança de cidadãos judeus e instituições judaicas.

“Queremos continuar convivendo em harmonia com os judeus que estão hoje na Alemanha. Estamos contentes e gratos pelo fato de haver vida judaica na Alemanha outra vez”, declarou Merkel.

FF/rtr/afp/ap/dpa

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