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Milhares de pessoas vão às ruas na Espanha em protesto contra alta no custo de vida

Espanhóis dizem estar gastando mais com produtos alimentares, energia e combustíveis

Boa parte das convocações dos protestos veio da extrema-direita espanhola. Foto: Jorge Guerrero/AFP
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A alta nos preços dos produtos alimentares, da energia e dos combustíveis levou milhares de pessoas a se manifestarem nas ruas da Espanha neste sábado 19.

Convocados principalmente pelo partido de extrema-direita Vox, os protestos se formaram em várias cidades do país. O partido tem usado o descontentamento da população diante da alta no custo de vida para organizar as manifestações.

Milhares de pessoas se reuniram diante da prefeitura de Madri carregando bandeiras espanholas e entoando slogans contra o primeiro-ministro, Pedro Sánchez. Aos gritos de “Sánchez, você é um lixo”, os manifestantes pediam a demissão do premiê.

“Nós temos o pior governo possível. Aliás, nem é um governo. É uma fábrica de miséria, que saqueia e extorque os trabalhadores com impostos abusivos”, declarou o presidente do Vox, Santiago Abascal. “Nós não deixaremos a rua enquanto esse governo ilegítimo não for expulso”, continuou o chefe do partido diante dos aplausos da multidão.

“Eles aumentam os preços da eletricidade e do gás e dizem que é por causa do (presidente russo Vladimir) Putin. Mas isso é uma mentira. Já era assim antes”, reclamava a espanhola Anabel, que participou do protesto em Madri.

Aumento de 72% em um ano

O preço da energia aumentou 72% no ano passado na Espanha. A alta, uma das mais importantes da União Europeia, vem se acentuando desde o início da guerra na Ucrânia.

Os caminhoneiros espanhóis também haviam organizado uma greve na segunda-feira 14 em protesto contra o aumento nos preços dos combustíveis. Como em outros países europeus, onde a questão do custo de vida também suscita protestos, a mobilização na Espanha foi marcada por manifestações e bloqueios nas estradas.

Uma greve nacional convocada pela UGT e a CCOO, os dois principais sindicatos espanhóis, está prevista para 23 de março.

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