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Milhares de mulheres saem às ruas para protestar contra Trump nos EUA

Manifestantes pediram que ele não seja reeleito e criticaram nomeação de juíza conservadora para a Suprema Corte

Mulheres protestaram contra Donald Trump em marcha nos Estados Unidos. Foto: Apu GOMES/AFP
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Milhares de mulheres foram às ruas em Washington e em outros lugares dos Estados Unidos no sábado 17 para protestar contra o presidente Donald Trump, pedindo para que ele não seja reeleito e criticando sua nomeação de uma juíza conservadora para a Suprema Corte.

 

As manifestações foram inspiradas na primeira Marcha das Mulheres em Washington, uma grande mobilização anti-Trump que aconteceu um dia depois de ele ter assumido a presidência em 2017.

No entanto, em meio à pandemia da Covid-19, as manifestações deste sábado foram consideravelmente menores, embora tenham reunido milhares de pessoas em todo o país, segundo os organizadores.

Mais de 100.000 pessoas participaram de cerca de 430 manifestações que ocorreram de Nova York a Los Angeles, passando por Chicago ou Fort Lauderdale, na Flórida, informaram os organizadores.

Quem preferiu não comparecer pessoalmente pôde aderir a uma iniciativa virtual com a qual os organizadores queriam enviar cinco milhões de mensagens incentivando o voto.

As participantes prestaram homenagem à juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg, ícone para mulheres e progressistas, ao mesmo tempo em que protestavam contra a nomeação da juíza conservadora Amy Coney Barrett feita por Trump.

Contra Trump

O percurso da manifestação em Washington começou perto da Casa Branca e depois seguiu para o Capitólio e a Esplanada Nacional.

Um outro protesto menor, mas também a favor de Barrett, com lema “Estou com ela”, foi feito em frente à Suprema Corte.

A maioria das manifestantes em Washington usava máscaras, algumas estavam vestidas no estilo Ginsburg, imitando o seu traje como juíza, enquanto outras usavam os chapéus rosa que ficaram famosos na manifestação original.

Várias participantes também escolheram usar as famosas túnicas vermelhas com gorros brancos usados pelos personagens do romance distópico “O Conto da Aia”.

“Trump/Pence: Fora já”, dizia uma das faixas, referindo-se ao vice-presidente Mike Pence.

Na cidade de Nova York, cerca de 300 pessoas – muitas com chapéus rosa – se reuniram na Washington Square com pôsteres em homenagem a Ginsburg ou em apoio aos rivais eleitorais democratas de Trump, Joe Biden e Kamala Harris.

No total, cinco marchas diferentes aconteceram na cidade.

“É muito importante estar aqui e tentar encorajar as pessoas a não votarem em Trump e em suas políticas misóginas, especialmente agora, com [a] pandemia, quando muitas pessoas estão isoladas”, disse Yvonne Shackleton, uma mãe trabalhadora de 47 anos de idade que viajou da capital do estado Albany, a cerca de três horas de carro de Nova York.

Um número semelhante se reuniu no Brooklyn, local de nascimento de Ginsburg.

“Estou aqui porque é muito importante que as pessoas votem e estou pedindo votem em Biden e [sua companheira de chapa, Kamala] Harris porque Trump tem sido um desastre para nosso país”, disse Wendy Sacks, uma vendedora de joias de 67 anos.

Manifestantes usando máscaras também marcharam pelas ruas de Chicago com a mesma mensagem, ao som de tambores e clamando pela derrota de Trump.

O apoio das mulheres ao republicano caiu drasticamente, especialmente nos subúrbios.

Trump está 23 pontos atrás de Biden nas pesquisas eleitorais femininas, de acordo com uma recente pesquisa da mídia feita por The Washington Post/ABC News.

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