Mais de 2.000 manifestantes contrários à guerra foram detidos em diferentes cidades russas neste domingo (27), disse a OVD-info, uma ONG que monitora as prisões nos protestos.
Desde que o presidente Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia, já foram detidos mais de 5.200 manifestantes pacifistas, acrescentou a ONG.
Repórteres da AFP testemunharam neste domingo a prisão de cerca de 200 pessoas em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia.
Cerca de 400 pessoas se reuniram na antiga capital imperial, muitas carregando faixas com mensagens como “Não à guerra”, “Russos, voltem para casa” e “Paz para a Ucrânia“.
“É uma pena que existam centenas, talvez milhares de nós e não milhões”, disse à AFP o engenheiro Vladimir Vilokhonov, de 35 anos, que participou do protesto.
“Sou contra a guerra. Nasci em 1941 e sei o que isso significa”, declarou Valeria Andreyeva, nascida no ano em que a Alemanha nazista atacou a União Soviética.
Em Moscou, jornalistas da AFP viram a detenção de cerca de 50 pessoas na praça Pushkin.
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