Mundo

Milhares de israelenses protestam contra Netanyahu em Jerusalém

A manifestação acontece pouco depois de Israel voltar a bombardear a Faixa de Gaza e reúne também familiares de reféns mantidos pelo Hamas no enclave

Milhares de israelenses protestam contra Netanyahu em Jerusalém
Milhares de israelenses protestam contra Netanyahu em Jerusalém
Israelenses protestam contra o regime de Benjamin Netanyahu em Israel. Foto: Menahem Kahana / AFP
Apoie Siga-nos no

Milhares de manifestantes vaiaram, nesta quarta-feira 19, em Jerusalém, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu que foi acusado de adotar uma guinada antidemocrática e de continuar a guerra contra o Hamas sem levar em consideração os 58 reféns sob poder do movimento palestino na Faixa de Gaza.

A manifestação, a maior dos últimos meses, foi organizada por grupos de oposição a Netanyahu, que protestam contra sua decisão de destituir Ronen Bar, o chefe do Shin Bet, o serviço de inteligência interno e de segurança.

O protesto diante do Parlamento israelense também contou com a presença dos parentes dos reféns, que criticaram os bombardeios na Faixa de Gaza.

“Esperamos que todo o povo de Israel se una ao movimento e continue até que a democracia seja restabelecida e os reféns sejam libertados”, disse à AFP Zeev Berar, de 68 anos, que viajou de Tel Aviv.

“Você é o chefe, você tem a culpa” e “Você tem sangue nas mãos” eram duas frases gritadas pelos manifestantes. Outros exibiam cartazes com “Todos somos reféns” ou pedidos para que os Estados Unidos para “Salvem Israel de Netanyahu”.

Os parentes dos reféns consideram que, ao autorizar a retomada dos bombardeios na terça-feira, o primeiro-ministro “sacrificou” os reféns ainda vivos, que poderiam ter morrido sob as bombas.

Os manifestantes acusam Benjamin Netanyahu de aproveitar a guerra contra o Hamas para silenciar as críticas e concentrar o poder nas mãos do governo.

Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 em Israel, que desencadeou a guerra, 58 continuam em cativeiro, das quais o Exército israelense considera que 34 estão mortas.

Netanyahu anunciou no domingo que pretende destituir o chefe do Shin Bet, alegando que não tem confiança nele devido ao fracasso de Ronen Bar em impedir o ataque de 7 de outubro.

O governo de Netanyahu também iniciou um procedimento legislativo contra a Procuradoria-Geral de Israel, que manifestou reservas sobre sua política.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo