Milei e Bullrich enviam a opositores a conta de operação de segurança em protestos

Entidade afirma ter recebido intimação para pagar 'uma quantia milionária'

Foto: JUAN MABROMATA / AFP

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Organizações sociais e sindicatos argentinos informaram que o governo de Javier Milei os intimou nesta semana a pagar até 56 milhões de pesos (320 mil reais) pelas operações de segurança realizadas durante manifestações no fim de dezembro.

“Recebemos a intimação de pagamento de uma quantia milionária, assim como outras organizações sociais e sindicais”, divulgou a organização Libres del Sur em um comunicado nesta sexta-feira 12.

Também em nota, a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras da Argentina Autônoma afirmou que as multas são “atos de perseguição e intimidação por parte do governo Javier Milei”.

As duas organizações foram multadas por protestos distintos: o primeiro ocorreu em 22 de dezembro em uma praça no centro de Buenos Aires, onde dezenas de pessoas se mobilizaram para denunciar uma interrupção da assistência alimentar fornecida pelo Estado.

A segunda manifestação, que reuniu dezenas de milhares de pessoas, ocorreu em 27 de dezembro, quando as principais centrais sindicais da Argentina apresentaram um recurso judicial para suspender a reforma trabalhista contida em um megadecreto editado por Milei. A demanda foi acolhida pelo Poder Judiciário em caráter liminar.

Ao menos dez organizações sociais e sindicais receberam cartas do Ministério da Segurança, chefiado por Patricia Bullrich. Os documentos exigem dinheiro para cobrir os custos operacionais “empregados para encerrar os atos ilegítimos visando a manutenção da ordem pública”.


Logo após assumir a pasta, Bullrich criou um plano contra o bloqueio de vias conhecido como “protocolo antipiquete”, a prever o uso da força necessária para que ruas não sejam obstruídas.

A ministra afirmou que cobrará de organizações ou indivíduos responsáveis “todos os custos relacionados aos operativos de segurança”.

(Com informações da AFP)

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