Após ter ficado em 2º lugar no 1º turno das eleições presidenciais da Argentina, o candidato de ultradireita Javier Milei afirmou que integraria a sua oponente Patricia Bullrich em um eventual governo, caso vença o peronista Sergio Massa no 2º turno.
O movimento é um dos primeiros passos para a atração de apoios na rodada final contra o candidato de Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Ex-ministra do liberal Maurício Macri e crítica do kirchnerismo, Bullrich ficou em 3º lugar na primeira rodada eleitoral.
Milei afirmou que tem convergências com a candidata macrista em matéria de segurança pública.
“Se Bullrich quiser se somar, como não incorporá-la? Se ela teve sucesso no combate à insegurança, não temos problema”, declarou o candidato de extrema-direita, em entrevista à rádio El Observador.
Milei afirmou ainda que a campanha foi “muito dura” e que as divergências levaram a disputa a uma “situação tremendamente hostil”, mas que deixaria esse embate para trás.
“Estou disposto a deixar tudo isso no passado, por um objetivo mais importante, que é vencer o kirchnerismo”, disse.
As declarações também representam uma mudança de postura de Milei em relação a Bullrich, já que no 1º turno ele havia feito ferrenhas acusações à adversária.
O ultradireitista havia acusado a liberal de ter instalado bombas em jardins de infância quando esta era militante da Juventude Peronista. A ex-ministra chegou a apresentar uma denúncia na Justiça.
No último domingo 22, o 1º turno das eleições teve o seguinte resultado:
- Sergio Massa (Unión por la Patria): 36%;
- Javier Milei (La Libertad Avanza): 30%;
- Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio): 24%;
- Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País): 7%;
- e Myriam Bregman (Frente de Izquierda): 3%.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login