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Milei critica entrada da Argentina no Brics e defende ‘alinhamento’ com EUA e Israel

A candidata macrista à Presidência, Patricia Bullrich, também disparou contra a adesão do país ao bloco

O ultradireitista Javier Milei, candidato à Presidência da Argentina. Foto: Alejandro Pagni/AFP
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O ultradireitista Javier Milei, candidato à Presidência da Argentina, criticou a entrada do país no Brics, anunciada nesta quinta-feira 24.

“Nosso alinhamento geopolítico é [com] Estados Unidos e Israel. Não vamos nos alinhar com os comunistas”, disse o “libertário”, citado pelo jornal Clarín. Segundo ele, porém, “o setor privado pode negociar com quem quiser”.

Nesta quinta, durante cúpula na África do Sul, os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e do país anfitrião anunciaram a admissão de seis novos membros no Brics:

  • Argentina
  • Egito
  • Etiópia
  • Arábia Saudita
  • Irã
  • Emirados Árabes Unidos

Além de Milei, a candidata à Presidência Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança do governo de Mauricio Macri, disparou contra a adesão ao Brics.

“A Argentina sob o nosso governo não estará no Brics”, declarou, em um evento na cidade de Buenos Aires. “O presidente, que está em uma situação de enorme fragilidade e sem exercer seu cargo, acaba de comprometer a Argentina a aderir ao Brics, no momento em que ocorre a guerra na Ucrânia.”

O presidente Alberto Fernández, por sua vez, defendeu o ingresso do país no bloco e ressaltou que o Brics representa 24% do PIB global.

“Vamos ser protagonistas de um destino comum em um bloco que representa mais de 40% da população mundial”, prosseguiu. “A nossa entrada no Brics é um objetivo coerente com a nossa busca de projetar o país como um interlocutor-chave e um potencial articulador de consensos em colaboração com outras nações.”

O Brics reivindica um equilíbrio mundial mais inclusivo, em particular no que diz respeito à influência dos Estados Unidos e da União Europeia. Durante a cúpula, o bloco reafirmou sua postura de “não alinhamento”, em um contexto de divisões provocadas pelo conflito na Ucrânia.

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