Mundo

Milei anuncia demissão de 15 mil funcionários públicos e promete corte de até 70 mil

Em meio a um radicalismo que tem aumentado a pobreza vista nas ruas, a passagem da ‘motosserra’ de Milei sobre o funcionalismo arrisca deixar setores inteiros sem funcionar

Milei anuncia demissão de 15 mil funcionários públicos e promete corte de até 70 mil
Milei anuncia demissão de 15 mil funcionários públicos e promete corte de até 70 mil
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei. Foto: Luis Robayo/AFP
Apoie Siga-nos no

O governo de Javier Milei encerrará, até o fim deste mês, os contratos de milhares de funcionários públicos argentinos.

Falando no Fórum Econômico Internacional das Américas, realizado em Buenos Aires, o presidente da Argentina anunciou a continuação das medidas de ajuste fiscal. “Demitimos 50 mil funcionários públicos, não só isso, agora mais contratos estão caindo e 70 mil vão cair”, disse o presidente.

A Casa Rosada, contudo, o corrigiu, indicando que a derrama seria de 15 mil cabeças.  O porta-voz Manuel Adorni explicou que os 70 mil referem-se ao universo de contratos analisados. “15 mil receberão baixa Quanto ao restante, vamos renová-los por seis meses e seguir avançando na análise de cada um. O objetivo é chegar ao que corresponda. Se são 70 mil, que sejam 70 mil. Se ficamos em 15 mil, que sejam 15 mil”.

Segundo o jornal argentino Clarín, a ordem é para que cada ministério corte entre 15% e 20% de seu pessoal.

Em meio a um radicalismo que tem aumentado a pobreza vista nas ruas, a passagem da ‘motosserra’ de Milei sobre o funcionalismo público arrisca deixar setores inteiros sem funcionar, como a comunicação pública e o pagamento de aposentadorias e outros benefícios sociais. A agência de notícias pública, a Telam, que tem 3 mil empregados, deve manter apenas 200 ou 300.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo