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México oferece buscar saída para evitar intervenção dos EUA na Venezuela

O tema central da crise é o intervencionismo, afirmou Claudia Sheinbaum

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Donald Trump, presidente dos EUA, e Claudia Sheinbaum, presidenta do México. Foto: Jia Haocheng / POOL / AFP
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A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, ofereceu nesta quinta-feira 18 buscar uma solução pacífica para as tensões entre Estados Unidos e Venezuela, com a participação de países da América Latina e de outras regiões que queiram se somar ao esforço diplomático.

O presidente americano, Donald Trump, ordenou nesta semana o bloqueio de navios petroleiros na Venezuela, em uma nova escalada entre Washington e o país sul-americano governado por Nicolás Maduro.

“Vamos buscar com todos os países que assim o desejem da América Latina ou de outros continentes (…) uma solução pacífica e que não haja intervenção” americana na Venezuela, afirmou a presidenta (de esquerda) durante sua habitual coletiva matinal.

Sheinbaum insistiu que os temas centrais dessa crise são “o intervencionismo e o ingerencismo (sic)”, que poderiam levar ao estouro de um conflito entre os dois países.

“Existem todos os mecanismos estabelecidos pelas Nações Unidas para que haja uma solução pacífica para qualquer disputa, e todas as partes precisam participar”, acrescentou.

Sheinbaum também descartou que qualquer atuação do México para evitar uma ação armada contra a Venezuela afete a relação com os Estados Unidos, seu vizinho e principal parceiro comercial.

“Isso não tem por que interferir em nossa relação com os Estados Unidos”, disse.

“Há coordenação com os Estados Unidos, mas nós temos uma Constituição e precisamos defender nossos princípios”, afirmou a presidenta, em referência às normas da política externa mexicana, baseadas na autodeterminação dos povos e na não intervenção estrangeira.

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