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Merkel diz que saída Grécia da zona do euro é “quase inevitável”

Chanceler alemã teme que líder da oposição assuma governo em Atenas após eleições presidenciais deste mês e abandone a política de austeridade adotado nos últimos anos pelo país

Para Merkel, consequências de uma nova quebra da economia grega seriam "suportáveis"
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A chanceler federal alemã, Angela Merkel, está disposta a aceitar que a Grécia deixe a zona do euro, caso os gregos escolham um governo que mude a política de austeridade vigente atualmente no país, noticia neste domingo (04/01) o semanário alemão Der Spiegel.

A reportagem, que cita fontes próximas ao governo alemão, é publicada no momento em que, a três semanas de uma eleição antecipada na Grécia, as pesquisas de intenção de voto indicam a vitória de um partido de esquerda.

O partido Syriza, de Alexis Tsipras, prometeu reverter as reformas impostas pelos credores internacionais e renegociar o acordo de ajuda à Grécia com a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“O governo alemão considera ser quase inevitável uma saída do país da zona do euro se o líder da Alexis Tsipras assumir o governo após a eleição, abandonar a disciplina orçamentária e deixar de pagar as dívidas do país”, reportou a Der Spiegelem sua versão online.

Progressos da zona do euro

Tanto Merkel como o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, teriam passado a considerar, conforme o periódico, uma possível saída da Grécia da zona do euro de forma menos dramática. Ambos agora acreditam que as consequências seriam “suportáveis”, devido aos progressos da eurozona desde o auge da crise, em 2012.

A recuperação de outras economias antes problemáticas, como Irlanda e Portugal, a criação de um fundo permanente de resgate da zona do euro e a criação de uma união bancária reforçam a certeza do governo alemão de que um contágio por uma nova crise grega tenha alcance limitado, segundo a publicação.

O Parlamento da Grécia foi dissolvido na quarta-feira depois que os deputados não conseguiram escolher um sucessor para o presidente Karolos Papoulias, após três votações sucessivas. A dissolução do Parlamento obrigou a convocação de eleições antecipadas para 25 de janeiro.

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