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Membros do PCC escapam de prisão no Paraguai

Para tentar evitar que fugitivos de alta periculosidade entrem no Brasil, Ministério da Justiça fecha a fronteira com o Paraguai

Sacos de areia na prisão paraguaia. Foto: Reprodução
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*Atualizado às 19h12 de domingo 19. 

Por meio de um túnel, 75 presos de alta periculosidade escaparam de uma prisão em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na madrugada deste domingo 19. Segundo o governo local, 40 fugitivos são brasileiros – a maioria deles pertence ao Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa brasileira com forte presença no país vizinho.

Como há a possibilidade de que os presos tenham escapado para o Brasil, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou o fechamento da fronteira com o Paraguai na região do Mato Grosso do Sul.

No Twitter, o ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou que o Brasil está trabalhando para evitar a reentrada dos criminosos no país. “Estamos trabalhando junto com as forças estaduais para impedir a reentrada no Brasil dos criminosos que fugiram de prisão do Paraguai. Se voltarem ao Brasil, ganham passagem só de ida para presídio federal.”

As autoridades paraguaias encontraram um túnel que ligava um dos pavilhões ao exterior da prisão. “Fizeram um túnel como vemos nos filmes, com iluminação interna, que começou em um dos banheiros das celas”, disse a delegada Elena Andrada, porta-voz da polícia.

“São apenas 25 metros entre o túnel e a guarita (do guarda) mais próxima. Apenas uma pessoa não conseguiu escapar”, completou.

A fuga pode ter sido comprada pela facção brasileira por 80 mil dólares. “Há uma forte suspeita de que funcionários estão envolvidos. Este é um trabalho de várias semanas. É evidente que o pessoal sabia e não fez nada”, afirmou a ministra da Justiça, Cecilia Pérez.

O diretor da prisão foi destituído, e dezenas de agentes penitenciários, detidos.

Há possibilidade de que os presos tenham escapado para o Brasil, uma vez que cinco caminhonetes utilizadas na fuga foram encontradas queimadas em Ponta Porã, no lado brasileiro da fronteira.

Com informações da AFP.

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