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Membros do Conselho de Segurança da ONU condenam Hamas, mas sem unanimidade

O Conselho nas Nações Unidas é atualmente presidido pelo Brasil

Foto: MAHMUD HAMS / AFP
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Vários membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), atualmente presidido pelo Brasil, denunciaram neste domingo (8) o Hamas por seu ataque em larga escala contra Israel. Os Estados Unidos lamentaram, no entanto, a falta de unanimidade.

Em uma sessão de emergência, EUA e Israel instaram o Conselho a condenar veementemente os islâmicos palestinos que governam a Faixa de Gaza e que lançaram no sábado um ataque surpresa, deixando mais de 1.000 mortos.

Diplomatas relataram que o Conselho de Segurança não considerou fazer uma declaração conjunta, muito menos uma resolução vinculativa, enquanto membros liderados pela Rússia esperavam por uma abordagem mais ampla que condenasse o Hamas.

“Meu apelo foi para interromper imediatamente as hostilidades e alcançar um cessar-fogo e negociações significativas, como tem sido dito ao longo das décadas”, afirmou o embaixador russo na ONU dentro do Conselho, Vassily Nebenzia.

A China, aliado habitual da Rússia no grupo, disse que apoiaria uma declaração conjunta. “Não é normal o Conselho de Segurança ficar em silêncio”, observou o embaixador Zhang Jun, que antes havia prometido o apoio chinês à condenação de “todos os ataques contra civis”.

Ao entrar na sessão, o embaixador de Israel, Gilad Erdan, exibiu fotografias gráficas de civis israelenses feitos reféns pelo Hamas. “Estes são crimes de guerra, crimes de guerra flagrantes e documentados”, declarou.

O embaixador palestino, representante da Autoridade Palestina com sede na Cisjordânia, pediu ao Conselho que se concentre em pôr fim à ocupação israelense. “Infelizmente, a história para alguns meios de comunicação e políticos começa quando israelenses são mortos”, disse o enviado Riyad Mansour.

“Este não é o momento de permitir que Israel redobre suas terríveis decisões. É hora de dizer a Israel que precisa mudar de rumo, que há um caminho para a paz no qual nem palestinos nem israelenses são assassinados”, acrescentou.

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