Mundo

Médicos e organizações sociais se unem a aposentados contra ajustes de Milei

Segundo a Presidência argentina, a greve é promovida por ‘alguns poucos sindicalistas privilegiados’

Médicos e organizações sociais se unem a aposentados contra ajustes de Milei
Médicos e organizações sociais se unem a aposentados contra ajustes de Milei
Protesto contra cortes do governo Milei. Foto: Luis Robayo/AFP
Apoie Siga-nos no

Organizações sociais e profissionais de saúde se uniram nesta quarta-feira, em Buenos Aires, à marcha semanal de aposentados argentinos pelo aumento no valor das pensões, no contexto de uma greve de 24 horas dos funcionários do principal centro pediátrico público do país.

Os protestos ocorrem em um clima de tensão social, com reivindicações salariais de diferentes setores frente à política econômica do presidente Javier Milei, que defende seu corte de gastos e superávit fiscal.

Profissionais de saúde do hospital Garrahan, de Buenos Aires, concentraram-se hoje em frente ao estabelecimento, reivindicando aumentos salariais. Liderados pelos médicos residentes, eles se manifestam há meses, e hoje todos os cerca de 4 mil funcionários do hospital participaram do protesto.

Segundo a Presidência argentina, a greve é promovida por “alguns poucos sindicalistas privilegiados”.

Milei conseguiu reduzir a inflação de 211% em 2023 para 118% em 2024, e um aumento do PIB de 5,8% em 12 meses no primeiro trimestre de 2025. Já o desemprego subiu para 7,9% no primeiro trimestre do ano, 1,5 ponto percentual a mais do que no trimestre anterior, e parte da população viu seu poder de compra ser reduzido, principalmente funcionários públicos e aposentados.

Sindicatos também organizaram passeatas hoje no centro de Buenos Aires. No caso dos residentes do Garrahan, os salários são de cerca de 600 dólares (3.325 reais) mensais, enquanto uma família precisa de pelo menos 1.000 dólares (5.542 reais) por mês para não ser considerada pobre.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo