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Médico afirma que diretor do Hospital Al Shifa de Gaza foi detido pelas forças de segurança de Israel

O local está sob controle do Exército de israelense, que afirma procurar instalações militares do movimento palestino Hamas

Médico afirma que diretor do Hospital Al Shifa de Gaza foi detido pelas forças de segurança de Israel
Médico afirma que diretor do Hospital Al Shifa de Gaza foi detido pelas forças de segurança de Israel
Soldados israelenses realizam operações dentro do hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza. Créditos: Israeli Army / AFP
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O diretor do Hospital Al Shifa da Cidade de Gaza foi detido por Israel, denunciou um médico, no momento em que o local está sob controle do Exército de israelense, que afirma procurar instalações militares do movimento palestino Hamas no centro de saúde.

“O doutor Mohamed Abu Salmiya foi detido com outros diretores médicos”, afirmou Khaled Abu Samra, diretor de departamento do hospital, que é um dos principais focos da operação israelense em sua ofensiva contra o Hamas em Gaza após o ataque de 7 de outubro.

“Dois enfermeiros e outro médico também foram detidos”, afirmou uma fonte do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

O Exército de Israel acusa o Hamas de esconder um centro de operações no Hospital Al Shifa, o maior da Faixa de Gaza e os soldados inspecionam o local há vários dias.

Vários médicos relataram à AFP que os soldados israelenses os levaram durante as operações de busca no hospital e que estas terminaram, de modo geral, com a detonação de explosivos nos pisos térreos e subterrâneos.

Antes de ser detido, Abu Salmiya afirmou à AFP que recebeu uma ordem do Exército israelense para a evacuação do hospital.

As imagens da saída dos pacientes e funcionários do centro de saúde dominaram o noticiário internacional em 18 de novembro.

O local abrigava 2.300 pessoas, entre pacientes, profissionais da saúde e deslocados.

O Hamas, que governa Gaza desde 2007, condenou com veemência em um comunicado a detenção do médico e de seus colegas.

“Pedimos ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e aos organismos internacionais que defendam sua libertação imediata”.

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