Mundo
Médico acusado pela morte de Matthew Perry se declara culpado nos EUA
Mark Chavez, um dos cinco acusados pela morte do astro da série de TV ‘Friends’, pode pegar até 10 anos de prisão
Um dos médicos acusados pela morte do ator Matthew Perry por overdose declarou-se culpado nesta quarta-feira 2, em um tribunal de Los Angeles, por ter fornecido de forma ilegal a droga cetamina.
Mark Chavez, 54 anos, um dos cinco acusados pela morte do astro da série de TV Friends em outubro de 2023, pode pegar até 10 anos de prisão. A sentença será anunciada em 2 de abril.
Perry, que marcou uma geração com o personagem Chandler Bing e que lutou durante anos contra a dependência química, foi encontrado morto na banheira de hidromassagem de sua casa. O ator tinha 54 anos.
A autópsia determinou que a morte foi causada pelos “efeitos agudos da cetamina”, droga controlada que o astro de Friends tomava como parte de uma terapia supervisionada.
Chavez havia sido libertado em uma audiência anterior mediante o pagamento de fiança e concordou em devolver sua licença médica no estado da Califórnia, onde exercia a profissão.
Salvador Plasencia, que, segundo os promotores, comprava cetamina de Chavez e a revendia ao staff de Perry por milhares de dólares, declarou-se inocente, assim como Jasveen Sangha, traficante conhecida como “Rainha da Cetamina” por fornecer a droga a celebridades. Ambos irão a julgamento em março e podem ser condenados a décadas de prisão.
O assistente pessoal de Perry, Kenneth Iwamasa, também foi acusado pelo caso e sua sentença deve ser anunciada em novembro. Iwamasa, que trabalhou por anos com o ator, admitiu ter injetado cetamina em Perry e ser intermediário na compra da droga.
Rede de distribuição
Erik Fleming, quinto acusado pelo caso e que responde a acusações de conspiração para distribuir a droga, admitiu perante a Justiça que foi quem distribuiu a dose que matou Perry, de acordo com autoridades.
“Ele admitiu que obteve a cetamina de sua fonte, Sangha, e entregou 50 ampolas ao assistente de Perry, Kenneth Iwamasa, metade delas quatro dias antes da morte de Perry”, disse a Justiça americana em agosto.
O nome de Perry transcendeu fronteiras graças à bem-sucedida série Friends, exibida nos Estados Unidos de 1994 a 2004. A série de humor conquistou fãs em todo o mundo, tornando seus protagonistas megaestrelas.
A morte de Perry, que sofria de vício em analgésicos e álcool, gerou uma onda de tristeza mundial entre seus fãs e colegas.
Médicos e veterinários usam a cetamina como anestésico, enquanto pesquisadores exploram o seu uso no tratamento da depressão.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



