Mundo
Mauro Vieira pede ação da comunidade internacional diante da ‘carnificina’ em Gaza
O Brasil tem sido uma das vozes mais críticas da cena internacional contra o governo israelense comandado por Benjamin Netanyahu


O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, instou nesta terça-feira 20 a comunidade internacional a não permanecer “de braços cruzados” diante da “carnificina” das forças militares de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza.
O Brasil tem sido uma das vozes mais críticas da cena internacional contra o governo israelense comandado por Benjamin Netanyahu, que intensificou nos últimos dias sua ofensiva contra o movimento islamista Hamas nesse território palestino.
“É uma situação terrível que está acontecendo, há uma carnificina”, disse Vieira durante uma audiência em uma comissão do Senado.
“Há um número elevadíssimo de crianças mortas. É algo que a comunidade internacional não pode ver de braços cruzados”, declarou.
O ministro lamentou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas esteja “paralisado” diante do “desrespeito” de Israel ao direito internacional.
Suas declarações surgem enquanto vários países, incluindo França, Alemanha e Reino Unido, aumentam a pressão sobre Israel devido à situação humanitária em Gaza.
A atuação de Israel “é uma invasão como todas as outras e o Brasil condena todas. Condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia. Da mesma forma, não vejo todos os países condenando essa invasão”, afirmou Vieira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já classificou em várias oportunidades a ofensiva militar israelense em Gaza como um “genocídio”.
Lula, que condenou “os ataques terroristas” de 7 de outubro de 2023 em Israel pelo Hamas que provocaram esta guerra, também reiterou seu compromisso com a solução de dois Estados, um palestino e um israelense, no âmbito das fronteiras vigentes antes da Guerra dos Seis Dias de 1967 em que Israel ocupou vários territórios da área.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

‘Gota no oceano’, diz ONU sobre ajuda humanitária autorizada por Israel a entrar em Gaza
Por AFP
Israel tomará o controle de todo território de Gaza, afirma Netanyahu
Por AFP
Novos bombardeios israelenses deixam pelo menos 33 mortos em Gaza
Por AFP