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Marine Le Pen acusada de desviar pessoalmente 140 mil euros dos cofres europeus

Novas revelações mostram que Marine Le Pen, candidata às eleições francesas que se realizam a 24 de abril, está a ser investigada pela justiça francesa por ter desviado pessoalmente 140 mil euros quando era eurodeputada, enquanto a esquerda se organiza se tenta organizar para as eleições legislativas

Marine Le Pen, líder da extrema-direita francesa. Foto: GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP)
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Um relatório do gabinete anti-fraude da União Europeia revelado este fim de semana pelo jornal “Mediapart”, mostra que a justiça francesa, a pedido das autoridades europeias, investiga o desvio de 140 mil euros, alegadamente desviados pela própria Marine Le Pen, enquanto ela era eurodeputada.

Esta quantia somada aos desvios de outros eurodeputados da Frente Nacional, incluindo o seu pai, Jean-Marie Le Pen, perfazem mais de 600 mil euros. Os desvios estão agora a ser investigados pelas autoridades francesas.

Para além dos fundos desviados para pagar trabalhadores do partido da Frente Nacional em França, este relatório alega que Marine Le Pen apresentou contas fictícias para serem reembolsadas pelas instituições europeias, assim como múltiplos conflitos de interesses.

A candidata já respondeu através dos seus advogados, questionando “a coincidência” da publicação do artigo do Mediapart, numa altura que a campanha da segunda volta das eleições francesas está em plena velocidade.

Esta é uma pedra no caminho de Marine Le Pen, que começa hoje um período de recolhimento para se preparar para o debate de dia 20 de abril com Emmanuel Macron, o único debate da segundo volta das eleições. Neste embate, os dois candidatos vão tentar convencer os eleitores mais indecisos.

Uma recente sondagem mostra que atualmente o Presidente Emannuel Macron recolhe 55,5% das intenções de voto, enquanto Marine Le Pen detém 45,5% da preferência dos franceses.

Há à esquerda, onde todos os candidatos foram batidos na primeira volta, o Partido Socialista quer conversar com  a França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, para preparar as eleições legislativas que decorrem já em junho.

Estou pronto para um diálogo, desde que que não seja um jogo de poker só para as televisões“, disse Olivier Faure, primeiro secretário do PS, numa mensagem direta a Jean-Luc Melénchon.

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