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Marcha em memória das vítimas da ditadura no Chile termina em confrontos

A manifestação ocorreu às vésperas do 52º aniversário do golpe de Estado liderado por Augusto Pinochet, em 11 de setembro de 1973

Marcha em memória das vítimas da ditadura no Chile termina em confrontos
Marcha em memória das vítimas da ditadura no Chile termina em confrontos
Veículo em chamas em Santiago, em 7 de setembro de 2025, durante confronto entre policiais e manifestantes. Foto: Rodrigo Arangua/AFP
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Uma marcha anual em Santiago em memória das vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) terminou, neste domingo 7, em confrontos com a polícia e a detenção de pelo menos 17 pessoas, informaram os Carabineiros do Chile.

A manifestação foi realizada às vésperas do 52º aniversário do golpe de Estado liderado por Pinochet, em 11 de setembro de 1973, contra o governo do socialista Salvador Allende.

Os manifestantes se reuniram nos arredores do palácio presidencial de La Moneda, no centro de Santiago, e se dirigiram para o Cemitério Central, cerca de 4 quilômetros ao norte.

“Preliminarmente […], temos 17 detidos”, detalharam os Carabineiros em suas redes sociais, sem mencionar se os incidentes deixaram feridos.

Um dos detidos é “um adolescente que levava em sua mochila elementos incendiários [coquetéis molotov]”, informou a instituição policial em sua conta no X.

A marcha reuniu cerca de 2.000 pessoas e chegou ao Memorial dos Executados Políticos e Presos Desaparecidos, um monumento histórico situado no cemitério com os nomes das vítimas, constataram jornalistas da AFP.

Os confrontos entre dezenas de encapuzados e agentes dos Carabineiros, neste domingo, ocorreram perto do La Moneda, em cruzamentos de ruas, durante o percurso da marcha e nos arredores do cemitério.

Os grupos atiraram pedras, sinalizadores e coquetéis molotov, enquanto a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água.

A ditadura no Chile deixou cerca de 3.200 vítimas entre mortos e desaparecidos.

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