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Ucrânia: manifestantes entram em confronto na Crimeia

Em meio a embates entre manifestantes pró-Rússia e partidários da oposição que derrubou presidente, homem foi encontrado morto

Homenagem a mortos nos protestos em frente ao Parlamento ucraniano, em Kiev
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Manifestantes pró-Moscou e partidários da oposição ucraniana – voltada para a União Europeia – entraram em confronto nesta quarta-feira 26 em Simferopol, capital da Crimeia, região autônoma da Ucrânia no Mar Negro onde fica uma das mais importantes frotas navais da Rússia, depois da crescente tensão das últimas semanas que antecederam a destituição do presidente Viktor Yanukovych.

Em meio aos embates entre manifestantes favoráveis à permanência da Ucrânia sob a esfera de influência russa e partidários da “revolução” que derrubou Yanukovych durante o fim de semana, o corpo de um homem, aparentemente morto por um ataque cardíaco e sem apresentar sinais de violência, foi encontrado perto do Parlamento da Crimeia, em Simferopol. O corpo, disse o Ministério da Saúde da Crimeia em comunicado, não apresentava sinais de traumatismo.

Os confrontos ocorreram em Simferopol, a capital da República Autônoma da Crimeia, onde o presidente do Parlamento local descartou qualquer debate sobre uma eventual separação.

Mais de 5 mil pessoas se reuniram em frente ao Parlamento. De acordo com informações da AFP, de um lado havia tatars, membros de uma comunidade local de tradição muçulmana, que carregavam bandeiras ucranianas e gritavam “Ucrânia, Ucrânia!”, enquanto do outro habitantes de língua russa exibiam bandeiras da Rússia e da Crimeia e gritavam “Rússia, Rússia!”.

A manifestação se dispersou às 16h locais (11h de Brasília), após os pedidos de deputados locais.

Os pró-russos pedem um referendo sobre o status da Crimeia, no sul da Ucrânia, em meio às tensões separatistas que aumentaram com a destituição de Yanukovytch. A proposta de uma consulta sobre a saída da Crimeia da Ucrânia, no entanto, foi rejeitada pelo presidente do Parlamento da Crimeia, Volodymyr Konstantinov.

Histórico. Presentes desde o século XIII na Crimeia, os tatars foram deportados para a Sibéria e Ásia Central por Stálin, e retornaram após a queda da União Soviética (URSS) em 1991. Eles constituem 12% dos 2 milhões de habitantes da península.

A Crimeia, pertencente à URSS, foi adicionada à Ucrânia em 1954. Ela continua, no entanto, a abrigar a frota russa no Mar Negro.

*Com informações da AFP

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