Economia
Mais de um milhão de pessoas vão às ruas na França contra a reforma da Previdência; veja imagens
O número foi divulgado pelo próprio governo de Emmanuel Macron nesta quinta-feira 19
Cerca de 1,2 milhão de pessoas, 80 mil apenas em Paris, protestaram nesta quinta-feira 19 em toda a França contra uma reforma da Previdência impulsionada pelo presidente Emmanuel Macron, informou o Ministério do Interior.
Os dados da pasta superam a meta estabelecida pelos organizadores, embora estejam abaixo dos 2 milhões estimados pelo líder do sindicato CGT, Philippe Martinez.
Os sindicatos se uniram para denunciar em coro o projeto, que visa aumentar a idade mínima e o tempo de contribuição para a aposentadoria integral. O texto, acusado de ser “injusto”, é reprovado por uma ampla maioria da opinião pública, principalmente por manter prejuízos à classe média e às mulheres.
A redação se concentra em prever recursos para sustentar o sistema previdenciário do país nas próximas gerações, mas foi pouco ambiciosa para corrigir distorções e desigualdades existentes. Assim, a principal medida, adiar a idade mínima para a aposentadoria integral dos atuais 62 para 64 anos a partir de 2030, acaba sendo amplamente rejeitada.
Uma pesquisa do instituto Harris Interactive-Toluna indicou que, na véspera da greve geral, 72% dos entrevistados achavam a reforma “injusta”. Esse sentimento, apontou o estudo, está ainda mais forte (55%) do que quando Macron apresentou o primeiro projeto de mudanças, em 2019 – à época, ele foi obrigado a recuar. Agora, o levantamento mostra que nem os eleitores da direita (50%) estão convencidos do texto, enquanto a esquerda e a extrema-direita rechaçam em peso a proposta.
Veja imagens do dia de manifestações na França:
Protesto em Paris. Foto: Alain JOCARD/AFP
Protesto em Paris. Foto: Thomas Samson/AFP
Protesto em Lyon. Foto: OLIVIER CHASSIGNOLE/AFP
Protesto em Paris. Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT/AFP
Protesto em Paris. Foto: Thomas Samson/AFP
Protesto em Paris. Foto: Thomas Samson/AFP
Protesto em Paris. Foto: Thomas Samson/AFP
(Com informações de AFP e RFI)
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