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Mais de 150 médicos pedem acesso a presos de Guantánamo

Grupo quer realizar “diagnóstico médico independente” de detentos em greve de fome na prisão dos EUA

Mais de 150 médicos pedem acesso a presos de Guantánamo
Mais de 150 médicos pedem acesso a presos de Guantánamo
Mais de 150 médicos pedem acesso a presos em greve de fome em Guantánamo
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WASHINGTON (AFP) – Mais de 150 médicos americanos e britânicos escreveram ao presidente dos EUA, Barack Obama, para solicitar acesso à prisão de Guantánamo, com o objetivo de apresentar um “diagnóstico médico independente” dos detentos em greve de fome.

Na carta, publicada na revista médica britânica The Lancet, eles afirmam que para os grevistas “é imperativo ter acesso a exames e conselhos médicos independentes, como eles reclamam e como exigem a ONU e a Associação Médica Internacional”. “Sem confiança, não é possível nenhum atendimento médico aceitável e seguro para pacientes em posse de todas as faculdades mentais”, afirmam os médicos na carta, segundo uma cópia recebida pela AFP.

Os detentos “não têm confiança nos médicos militares (como expressaram alguns recentemente) e é pouco provável que sigam os conselhos médicos que recebem atualmente”, completa a petição.

No texto, a organização Physicians for Human Rights (Médicos pelos Direitos Humanos, em tradução do inglês) recorda que solicitou a Obama o fim da alimentação forçada aos grevistas.

Dos 104 detentos que estão em greve de fome, 44 são alimentados por sondas nasogástricas, segundo o porta-voz da prisão, o tenente-coronel Samuel House. Um prisioneiro foi hospitalizado, mas sua vida não estaria em perigo. “O direito dos detentos de tomar decisões sobre sua própria saúde deve ser respeitado”, declarou Vincent Iacopina, conselheiro médico do PHR.

“A alimentação forçada não apenas constitui um tratamento degradante e desumano, mas é uma clara violação das normas médicas que deve cessar imediatamente”, completou.

A greve de fome teve início há mais de quatro meses para protestar contra o regime de detenção ilimitado na prisão de Guantánamo.

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