Mundo

Maioria dos assassinatos de jornalista segue sem solução, diz Unesco

Para além dos assassinatos, a Unesco destacou os “altos índices” de encarceramento, agressões, assédio e intimidação de jornalistas

Represália a jornalistas coloca em xeque um dos seus valores fundamentais da profissão: a independência
Apoie Siga-nos no

Pelo menos 87% dos 1.284 assassinatos de jornalistas cometidos no mundo desde 2006 continuam sem solução – alertou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) nesta quinta-feira (6).

“Mais uma vez, em 2021, muitos jornalistas pagaram o maior preço por expor a verdade”, disse a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, em um comunicado, pedindo que “se faça mais para garantir” sua proteção.

De acordo com dados do Observatório de Jornalistas Assassinados da organização cultural da ONU, 55 jornalistas e funcionários de veículos de comunicação perderam a vida em 2021, “o menor número de mortes anuais em mais de uma década”.

“No entanto, a impunidade para esses crimes continua sendo generalizada”, acrescentou o comunicado da organização com sede em Paris.

Na esteira do que já haviam feito semanas atrás a ONG Repórteres Sem Fronteiras, a Federação Internacional de Jornalistas e a Fundamedios, a Unesco destacou a situação complicada para os repórteres na América Latina e no Caribe.

Junto com a Ásia-Pacífico, esta região registrou a maioria dos homicídios em 2021: 14 e 23, respectivamente.

Nove destes profissionais perderam a vida no México, e um na Colômbia, Haiti, Brasil, Guatemala e Equador, segundo dados do Observatório.

Para além dos assassinatos, a Unesco destacou os “altos índices” de encarceramento, agressões, assédio e intimidação de jornalistas em todo mundo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar