Mundo
Maiores economias da Europa devem fechar 2012 com mais desempregados
Ao menos oito países registraram alta nos índices de pessoas desocupadas na comparação entre outubro de 2011 e 2012


Ao menos oito das principais economias da Europa, com exceção da Alemanha e do Reino Unido, devem fechar 2012 com índices de desemprego maiores que os registrados no ano anterior. Mergulhada em uma crise que ainda não demonstra sinais de arrefecimento, a região também enfrenta a recessão da Zona do Euro, composta por 17 países da União Europeia.
Em novembro, a Eurostat, órgão de estatísticas da UE, confirmou que o bloco dos países na moeda única entrou em recessão pela segunda vez em três anos. A queda de 0,1% no terceiro trimestre de 2012 ocorreu por dois períodos consecutivos, caracterizando assim a recessão.
Os dados mais recentes da Eurostat, referentes ao mês de outubro, apontam um nível de desemprego em 10,7% na UE e 11,7% na Zona do Euro. Na comparação com o mesmo período de 2011, os dados eram 9,9% e 10,4%, respectivamente. Com isso, ao todo 25,9 milhões de pessoas estavam desempregadas no continente em outubro último, um aumento de 2,1 milhões na comparação com a mesma época do ano passado.
Grande parte dos países com maior peso econômico na Europa registraram aumento nos índices de desemprego em relação a outubro de 2011. Um sinal de que as medidas de austeridade e os pacotes de ajuda financeira da troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) ainda não conseguiram conter a crise.
Os locais que tiveram o maior aumento de pessoas desocupadas no período são a Grécia (18,4 para 26%, sem dados novos desde agosto), Espanha (22,7% para 26,2%), Portugal (13,7% para 16,3%), França (9,7% para 10,7%), Polônia (9,9% para 10,4%), Itália (8,8% para 11,1%), Suécia (7,5% para 8,1%, com dados de novembro) e Holanda (4,8% para 5,5%).
Segundo previsões da consultoria britânica Economist Intelligence Unit, também vão enfrentar recessão em 2012 Grécia (-6,8%), Espanha (-1,5%), Portugal (-3,3%), Itália (-2,2%) e Holanda (-1%).
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