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Maduro ordena expulsão de diplomatas americanos

O presidente Nicolás Maduro ordenou a expulsão de três funcionários consulares não identificados, acusados de participação em reuniões com universitários, iniciando uma nova crise diplomática

Maduro ordena expulsão de diplomatas americanos
Maduro ordena expulsão de diplomatas americanos
Estudantes protestam contra o governo da Venezuela nas ruas de Caracas no domingo
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Uma nova crise explodiu no domingo 16 entre Venezuela e Estados Unidos, depois que o presidente Nicolás Maduro ordenou a expulsão de três funcionários consulares não identificados, acusados de participação em reuniões com universitários, ao mesmo tempo que prosseguem os protestos de estudantes.

“Dei a ordem ao chanceler da República de proceder a declarar ‘persona non grata’ e expulsar do país estes três funcionários consulares da embaixada dos Estados Unidos da América. Que vão a conspirar em Washington!”, disse Maduro em rede nacional de rádio e televisão.

Maduro afirmou que a desculpa para as reuniões com os estudantes de universidades privadas era oferecer vistos para os Estados Unidos.

No fim de setembro, Maduro determinou a expulsão de três diplomatas americanos, entre eles a encarregada de negócios Kelly Keiderling, acusados pelo governo de conspirar em reuniões com opositores. Os dois países não contam com embaixadores desde 2010.

Pouco antes do anúncio da expulsão, o governo venezuelano acusou Washington de tentar “legitimar tentativas de desestabilização”, em referência a um comunicado do secretário de Estado, John Kerry.

A Venezuela “rejeita contundentemente” as declarações de Kerry “enquanto constituem mais uma manobra do governo de Washington por promover e legitimar as tentativas de desestabilização da democracia venezuelana efetuadas por grupos violentos nos últimos dias”, destaca um comunicado oficial.

No sábado, Kerry destacou que o governo dos Estados Unidos estava “profundamente preocupado” com as “crescentes tensões e a violência” na Venezuela, cenário de quase duas semanas de protestos da oposição e onde os distúrbios deixaram três mortos e dezenas de feridos na quarta-feira passada.

Durante quase duas semanas, milhares de estudantes de todo o país têm protestado nas ruas contra a insegurança, a inflação, a falta de produtos básicos e a detenção de estudantes.

Mas desde quarta-feira, os protestos ficaram mais violentos.

No domingo à noite, grupos de manifestantes atacaram com pedras a sede do canal de televisão estatal VTV, denunciou Maduro.

Quase três mil estudantes protestaram em Caracas no domingo. O governo venezuelano afirma que as manifestações são parte de um “golpe de estado fascista em marcha” e acusa grupos de ultradireita.

Leia mais em AFP Movel.

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