Mundo

Maduro diz estar disposto a falar ‘cara a cara’ com Trump

Em setembro, Maduro convidou o presidente norte-ameriano a ‘preservar a paz com diálogo’

Maduro diz estar disposto a falar ‘cara a cara’ com Trump
Maduro diz estar disposto a falar ‘cara a cara’ com Trump
A passagem de caças dos EUA por uma região controlada pela Venezuela gera nova tensão entre Maduro e Trump. Fotos: Federico PARRA / AFP e SAUL LOEB / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira 17 que seu governo mantém a posição “invariável” de dialogar “cara a cara” com o presidente americano Donald Trump, que mais cedo afirmou que, “em algum momento”, falaria com seu par venezuelano.

Em setembro, Maduro convidou Trump a “preservar a paz com diálogo” em uma carta em meio ao destacamento militar ordenado pelo líder republicano no Caribe. A proposta foi rejeitada nessa oportunidade por Washington, que o acusa de liderar redes do narcotráfico.

“Este País está em paz, este País continuará em paz. E nos Estados Unidos, qualquer pessoa que queira conversar com a Venezuela conversará, ‘face to face’, cara a cara, sem qualquer problema”, disse o mandatário durante o seu programa semanal de televisão.

“Eu já disse isto em inglês, e repito sempre. Diálogo. Como se diz diálogo em inglês? Diálogo, diálogo, diálogo, diálogo, diálogo… Yes, peace, war no, never, never war [Sim, paz, não à guerra, nunca, guerra nunca]”, disse Maduro.

Em meio aos bombardeios americanos no Caribe e no Pacífico contra lanchas que transportam drogas, segundo Washington, Trump foi interrogado por repórteres no Salão Oval sobre sua ofensiva contra o narcotráfico.

“Em algum momento, falarei com ele”, disse Trump aos jornalistas nesta segunda-feira. Maduro “não tem sido bom para os Estados Unidos”, acrescentou.

Quando questionado se descartava o envio de tropas americanas à Venezuela, Trump respondeu: “Não, não descarto. Não descarto nada.”

Desde 2 de setembro, os Estados Unidos acumulam mais de 20 ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico com pelo menos 83 mortos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo