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Maduro decide fechar espaço aéreo da Venezuela para voos da Argentina

Medida é resultado de imbróglio envolvendo aeronave da estatal venezuelana que governo da Argentina liberou para os EUA

Maduro decide fechar espaço aéreo da Venezuela para voos da Argentina
Maduro decide fechar espaço aéreo da Venezuela para voos da Argentina
Os presidentes da Argentina e da Venezuela, Javier Milei e Nicolás Maduro. Fotos: Luis Robayo/AFP e JHONN ZERPA / AFP
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O governo de Nicolás Maduro proibiu que aviões da Argentina sobrevoem o espaço aéreo da Venezuela. A decisão é uma represália ao fato de que autoridades argentinas permitiram que os Estados Unidos tirassem do país, no mês passado, um avião conhecido como Emtrasur Cargo.

O avião em questão esteve retido por quase dois anos no aeroporto de Ezeiza, o principal do país.  O Boeing 747 pertence à estatal venezuelana Emtrasur.

Ao chegar na Argentina, em junho de 2022, os dezenove tripulantes do voo (catorze venezuelanos e cinco iranianos) foram detidos por suspeita de financiamento de atividades terroristas. Em seguida, eles foram liberados por falta de provas.

Segundo os Estados Unidos, o avião foi fornecido pela companhia aérea iraniana Maham Air, que é alvo de sanções norte-americanas. Assim, a venda da aeronave só poderia ter acontecido com autorização do governo dos EUA.

Ao sair da Argentina, o avião foi para o sul Flórida, nos EUA. O Departamento de Justiça norte-americano disse que a aeronave seria descartada.

A restrição venezuelana já começa a afetar rotas para destinos como Nova York, Miami e Punta Cana. Uma das empresas afetadas é a estatal Aerolíneas Argentinas.

O governo Milei reagiu à medida de Maduro, chamando Maduro de ‘ditador’:

“A Argentina iniciou ações diplomáticas contra o governo da Venezuela, chefiado pelo ditador Maduro, após sua decisão de impedir a utilização do espaço aéreo do país por qualquer aeronave argentina”, afirmou Manuel Adorni, porta-voz do governo Javier Milei, na última terça-feira 12.

Ato contínuo, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, disse que seu país “exerce plena soberania em seu espaço aéreo, e reitera que nenhuma aeronave, proveniente ou com destino à Argentina, poderá sobrevoar nosso território, até que nossa empresa seja devidamente indenizada pelos danos causados”.

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