Mundo

Lula cita Dilma ao defender Petro de investigações na Colômbia

O Conselho Nacional Eleitoral abriu uma apuração contra o presidente por supostamente violar limites de gastos em 2022

Lula cita Dilma ao defender Petro de investigações na Colômbia
Lula cita Dilma ao defender Petro de investigações na Colômbia
Lula e Gustavo Petro. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) expressou solidariedade nesta quinta-feira 10 ao presidente colombiano, Gustavo Petro, alvo de uma investigação do órgão eleitoral por supostas irregularidades na campanha que o levou ao poder. Na mensagem, o petista relembrou o impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, e cobrou respeito ao devido processo legal.

O Conselho Nacional Eleitoral da Colômbia decidiu, na terça-feira 8, abrir uma investigação administrativa contra Petro por supostamente violar os limites de gastos no pleito de 2022.

O presidente colombiano, por sua vez, denunciou um “golpe de Estado” e avaliou que o CNE, de caráter administrativo, não tem autoridade para investigá-lo. Também chamou seus apoiadores a se manifestarem nas ruas.

“Como alguém que já foi vítima de todo tipo de perseguição política, manifesto minha solidariedade ao presidente Gustavo Petro”, publicou Lula nas redes sociais. “Não se pode abrir mão do devido processo legal, ainda mais quando o que está em jogo é a vontade do povo expressa democraticamente pelas urnas.”

Lula acrescentou que, há oito anos, Dilma “foi vítima de um processo de impeachment sem fundamentação legal e esse foi o início de um período turbulento e traumático na história do Brasil”.

Especialistas acreditam que o CNE pode remeter a investigação à Câmara dos Deputados, competente para submeter o presidente a um julgamento político.

Alinhados em diversos temas, Lula e Petro uniram esforços para buscar uma solução pacífica para a crise pós-eleitoral na Venezuela e se declararam a favor da integração latino-americana. Eles também se destacam como os principais críticos a Israel na América Latina e denunciam um “genocídio em Gaza”.

(Com informações da AFP)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo