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Líderes mundiais reagem a ataque que matou ex-premiê do Japão Shinzo Abe

Político foi baleado durante um evento de campanha

Foto: VLADIMIR SIMICEK / JIJI PRESS / AFP
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O ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe morreu depois de ter sido baleado durante um evento de campanha nesta sexta-feira 8.

“Shinzo Abe foi transportado (para o hospital) às 12h20. Ele estava em estado de parada cardíaca na chegada. A reanimação foi administrada. No entanto, infelizmente, ele morreu às 17h03” (5H03 de Brasília), afirmou Hidetada Fukushima, professor de Medicina de Emergência no hospital da Universidade de Medicina de Nara.

Antes da confirmação do falecimento, líderes de todo o mundo já reagiam ao ataque. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse estar “profundamente chocado com o ataque hediondo” contra o ex-primeiro-ministro japonês. “A França está ao lado do povo japonês”, acrescentou Macron em um tuíte, dirigindo seus “pensamentos à família e entes queridos de um grande primeiro-ministro”.

“É um momento muito, muito triste”, declarou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, nesta sexta-feira, acrescentando que os Estados Unidos estão “profundamente tristes e profundamente preocupados” com o ataque. “Nossos pensamentos, nossas orações estão com ele, com sua família, com o povo japonês”, acrescentou.

“Abe-san tem sido um líder notável do Japão e um forte aliado dos Estados Unidos. O governo e o povo dos Estados Unidos rezam pelo bem-estar de Abe-san, sua família e o povo do Japão”, disse o embaixador americano no Japão, Rahm Emanuel.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, também se disse “profundamente chocado com o ataque hediondo a Shinzo Abe enquanto se dirigia aos eleitores. Meus pensamentos vão para ele e sua família. A Otan está com o povo de nosso parceiro próximo, o Japão, e seu primeiro-ministro Fumio Kishida”, tuitou.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, revelou estar “chocado e entristecido” pelo ataque “covarde” a Abe, que ele descreveu como um “verdadeiro amigo, feroz defensor da ordem multilateral e dos valores democráticos”.

“Estou chocada com a notícia do ataque a Shinzo Abe. Meus pensamentos estão com ele e sua família”, tuitou em inglês a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, durante a cúpula do G20 em Bali, na Indonésia.

Já a Rússia denunciou “um crime monstruoso” e um “ato de terrorismo”, após o ataque contra Shinzo Abe. “Estamos confiantes de que aqueles que planejaram e cometeram esse crime monstruoso serão devidamente punidos por esse ato de terrorismo que tem e não pode ter qualquer justificativa”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.

“Estamos monitorando a evolução da situação e esperamos que ele esteja fora de perigo e se recupere o mais rápido possível”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério chinês de Assuntos Estrangeiros.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, também se revelou “profundamente chocado com o ataque ao meu querido amigo Abe”, escreveu Modi no Twitter. “Nossos pensamentos e orações estão com ele, sua família e o povo do Japão”.

O Japão não via nada parecido “há mais de 50 ou 60 anos”, disse à AFP Corey Wallace, professor da Universidade de Kanagawa e especialista em política japonesa. Ele afirma que o último incidente semelhante no Japão foi o assassinato, em 1960, de Inejiro Asanuma, líder do Partido Socialista Japonês, esfaqueado por um estudante da extrema direita. “Mas dois dias antes de uma eleição [contra um homem] tão importante (…) é profundamente triste e chocante”, acrescentou.

O Japão tem uma das leis de controle de armas mais rígidas do mundo, e o número anual de mortes por armas de fogo no país de 125 milhões de habitantes é extremamente baixo. A obtenção de uma licença de porte de arma é um processo longo e complicado, mesmo para cidadãos japoneses, que devem primeiro obter uma recomendação de uma associação de tiro e depois passar por rigorosos controles policiais.

(Com informações da AFP e da RFI)

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